Comentários recebidos nos poemas por Luana Santahelena



Manual Poético do Amor Provisório
Melancolia... disse:

Esse poema traduz com delicadeza a beleza de um amor que, mesmo tendo acabado, permanece vivo na memória. Ele celebra os instantes simples e intensos do começo, e aceita com ternura a dor do fim — mostrando que o que foi verdadeiro continua existindo dentro da gente.

18 de junho de 2025 13:01

Caçador indefeso
Sezar Kosta disse:

Que tormento, que delícia esse seu \"Caçador indefeso\"! Sinto em cada verso a ironia cruel do destino, a armadilha do desejo que se vira contra o próprio coração. Você se diz caçador, mas a alma já sabe: diante de tal \"caça\", és a mais indefesa das criaturas.

\"Atirei para me alimentar do meu alvo, / o ser alvejado não caiu / e de ser seu alimento jamais poderei ser salvo.\" Que fatalidade mais bela! O tiro que não mata, mas que aprisiona, que condena a ser devorado pelo próprio anseio. É a paixão, minha cara, que nos transfigura, que nos rouba a razão e nos entrega de corpo e alma ao que nos consome.

E essa confissão, tão nua, tão verdadeira: \"Faltou a coragem de admitir ter tanto medo, / mas quanto mais de ti pela razão fujo, / mais a ti pela emoção cortejo.\" É o grito da alma que se debate entre o querer e o dever, entre a fuga da lucidez e a entrega ao abismo da emoção. A razão, essa tola, que tenta se desviar, enquanto o coração, esse insolente, corteja, seduz, se entrega sem pudor.

Parabéns, Luana, por essa lucidez na rendição, por essa coragem de expor a alma desnuda diante da paixão avassaladora. Que sua poesia continue a ser esse grito de quem, mesmo indefesa, sabe que o amor é a única caça que nos salva e nos perde.

17 de junho de 2025 12:20

Receita de Escolher o Dia
Sezar Kosta disse:

Que beleza essa sua \"Receita de Escolher o Dia\"! Senti o cheiro do café coado no fogão de lenha, e o sabor do açúcar das bênçãos adoçando a manhã. A vida, minha filha, é mesmo isso: um preparo diário, uma arte de cozinhar o que nos é dado. E você, com a sabedoria de quem sabe das coisas, nos mostra que a panela está em nossas mãos.

É uma escolha, você diz, entre \"remoer o que falta, ou agradecer o que sobra\". Que simplicidade e que profundidade nisso! A gente passa a vida correndo atrás do que não tem, quando a fartura está bem ali, no que sobrou, no que ficou, na brisa que nos toca. É o velho dilema do copo meio cheio ou meio vazio, mas você o transforma em uma receita para a alma.

\"Valorizar os que ficam, ou chorar pelos que partem.\" Ah, essa é a dança da vida e da morte, do encontro e da despedida. E a sabedoria, essa senhora que mora na terra e nas pedras, nos ensina que cada escolha é, sim, um \"pão quentinho\". Um pão feito com as mãos da esperança, não para guardar só para si, mas para \"repartir com quem chega\".

Porque o que importa, no fim das contas, não é a ausência do que se foi, mas o calor do que se pode oferecer agora. É a generosidade que aquece o coração, que faz a vida valer a pena.

Parabéns, Luana, por essa receita que é um presente para a alma. Que continuemos todos a escolher nossos dias com essa mesma sabedoria, adoçando o café com as bênçãos que sobram e repartindo o pão da esperança. Que a sua cozinha da vida continue sempre a exalar esses aromas de bondade e gratidão.

17 de junho de 2025 11:19