Nísia Floresta

Dionísia Gonçalves Pinto, mais conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta, nasceu em Papari (atualmente, Nísia Floresta) em 12 de outubro de 1810. Ela foi escritora, educadora e poetisa. Tendo atuado como jornalista, em letras e também em movimentos sociais da época.

Nísia Floresta defendeu o aborto e também defendia ideias republicanas, sendo considerada como a responsável por implantar o feminismo no Brasil.

Foi uma defensora assídua dos direitos das mulheres. Aos 22 anos de idade ela publicou o seu primeiro livro sobre esse tema, o qual fora intitulado de “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”, livro esse que foi uma tradução livre de uma das obras da autora Mary Woolstonecraft.

Até sua morte, ela escreveu mais 14 livros, não apenas defendendo os direitos das mulheres, mas também defendendo os direitos dos negros e dos índios.

Aos 28 anos, Dionísia Gonçalves Pinto dirigiu uma colégio para meninas, o qual ficava no Rio de Janeiro. Nísia via as mulheres como figuras essenciais para a sociedade, crendo que elas possuíam uma identidade importante para o crescimento social.

 

Sobre sua vida e realizações

Seu pai era português e sua mãe brasileira. Sua família possui um grande pedaço de terra em sua cidade natal, qual hoje leva seu nome. Ela tinha mais três irmão, sendo duas irmãs e um irmão. A irmã mais velha era fruto de um casamento anterior de sua mãe.

Seu pai era advogado e sua mãe era herdeira de uma das principais famílias daquela região qual moravam. E como sua família vivia se mudando, por conta das oposições sobre a permanência da Família Real no Brasil, isso ajudou Nísia a conhecer muitas culturas.

Costumava viajar bastante para a Europa, onde chegou a viver por alguns bons anos. Lá ela conheceu e esteve cm contato com outros autores e intelectuais como Auguste Comte, Victor Hugo, Almeida Garret, Alexandre Dumas e Alexandre Herculano.

E, sem dúvidas, uma das influencias para Nísia fora o filósofo Augusto Comte, sendo que ela conviveu com ele nas viagens que fez para a Europa.

 

Lutando em prol dos direitos das mulheres

As mulheres da época não podiam estudar, mas apenas era lhes ensinado como cuidar da casa, da família e fazer atividades que cabiam as mulheres: costurar, boas maneiras, como ser uma mãe e esposa, etc.

Mas tudo isso começou a mudar depois que Nísia fundou sua escola, “o Colégio Augusto”, na época localizada na Rua Direita, no Rio de Janeiro. Lá as garotas passaram a estudar matemática, gramática, ciências sociais e naturais, leitura e escrita do português, música e também idiomas como o italiano e o francês.

Uma curiosidade aqui é que praticamente todas as disciplinas ensinadas na escola eram ministrada pela educadora.

Com seus feitos, surgiram então críticas tanto voltadas ao ensino que praticava em suas escolas quanto críticas voltadas para a sua vida.

No dia 24 de abril de 1885 Nísia Floresta falece, aos 75 anos, em Rouen, na França. Mas apenas em 1954 os restos mortais da autora são enviadas para o Brasil, ao Rio Grande do Norte, sendo que se encontram hoje no mausoléu em sua cidade natal, o qual leva o seu nome.