Vinicius de Moraes

Marcus Vinicius de Moraes, popularmente conhecido como Vinicius de Moraes, é um poeta brasileiro nascido em 19 de outubro de 1913. Seus pais foram Lydia Cruz de Moraes e de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes.

Natural do Rio de Janeiro, do bairro do Jardim Botânico, além de poeta, Vinicius também foi dramaturgo, jornalista, cantor e compositor.

Vinicius de Moraes

E na parte da música, uma de suas obras mais conhecidas foi a canção “Garota de Ipanema” que compôs em parceria com Tom Jobim. E por falar em Jobim, foi ele quem lhe deu o apelido de “poetinha” devido aos seus poemas líricos.

Nasceu no bairro Jardim Botânico, e ao longo de sua infância mudou-se diversas vezes, mas quase sempre dentro do bairro de Botafogo.

Conhecido por ser um grande galanteador, Vinicius de Moraes casou-se por nove vezes.

 

Seus primeiros poemas e composições

Já adolescente, em 1922, Vinicius começa, então, a escrever seus primeiros poemas na escola.

No ano de 1924 ele, então, ingressa no colégio de padres jesuítas Santo Inácio, lá ele passa a fazer parte do coral e também a montar peças de teatro.

Passados três anos, ele conhece os irmãos Tapajós (Haroldo e Paulo Tapajós). Ali se iniciava uma parceria para composições de canções as quais conhecemos até os dias de hoje. Com os irmãos Tapajós, Vinicius começa a apresentar-se em festas de amigos.

Ao grupo, juntaram-se depois outros colegas como Maurício Joppert e Moacir Veloso Cardoso de Oliveira. No entanto, os irmãos Tapajós seriam aqueles com Vinicius teria uma parceria mais duradoura.

No ano de 1928 o poetinha compõe “Loura ou Morena” com Haroldo Tapajós e “Canção da noite” com Paulo Tapajós, essa última Vinicius definiu como sendo uma “berceuse” (canção de ninar).

Pelo colégio Santo Inácio, em 1929, Vinicius torna-se Bacharel em Letras. E depois de ficar por cerca de 8 anos em Botafogo, ele volta para seu antigo bairro, o Jardim Botânico, com sua família.

As coisas começam a andar mesmo quando, em 1930, ele entra para a faculdade de Direito e lá conhece alguns intelectuais. No Centro de Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais Vinicius conhece figuras como os jornalistas Otávio de Faria e Hélio Viana.

Dois anos mais tarde, um poema de sua autoria é publicado pela revista “A Ordem”. Esse poema, intitulado “A transfiguração da montanha”, com 152 versos, revela um Vinicius de Moraes com uma personalidade conservadora.

Em 1938 Vinicius ganha uma bolsa de estudos do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas em Oxford. Três anos mais tarde ele volta para o Brasil e consegue emprego como crítico de cinema no jornal “A Manhã”.

 

Seus primeiros livros publicados

Sob o incentivo de Otávio de Faria, Vinicius publica em 1933 o seu primeiro livro de poesias, pela Schmidt Editora, intitulado “O Caminho para a Distância”.

O segundo livro dele viria três anos mais tarde, sendo publicado pela editora Irmãos Pongetti. Intitulado de “Forma e exegese”, esse livro, que teve elogios de Manuel Bandeira, rendeu-lhe o prêmio Filipe d’Oliveira.

Nesse mesmo ano, ele ainda lança seu terceiro livro, contendo apenas um único e longo poema intitulado “Ariana, a mulher”.

Mas foi em 1938 que o poetinha se consagraria. Nesse ano ele consegue publicar pela editora José Olympio (concorrida editora da época) mais um livro de poesias intitulado “Novos Poemas”. Ali já pode-se notar que o poeta havia amadurecido e, com isso, suas poesias tornam-se uma das principais da “Geração 30”. O livro fora elogiado por poetas como Mário Andrade.

 

No teatro

No ano de 1956, Vinicius publica a peça de teatro chamada de “Orfeu da Conceição”, qual fora levada até o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Nela, faziam parte canções do próprio Vinícius e de Tom Jobim.

A peça despertou o interesse do cineasta francês Marcel Camus, assim, fora lançado um filme baseado nela com o nome de “Orfeu Negro”. O mais curioso é que o filme não teve uma repercussão tão grande no Brasil, mas no exterior ele recebeu prêmios como a Palma de Ouro no festival de Cannes e Oscar de Melhor Filme estrangeiro, em Hollywood, três anos mais tarde.