Anália Franco

Anália Franco Bastos, mais conhecida como Anália Franco, nasceu em 1 de fevereiro de 1856 em Rezende, Rio de Janeiro. Ela foi escritora, poetisa, professora, filantropa e jornalista.

Anália Franco

Ao longo de sua vida, Anália esteve envolvida em muitas obras sociais e culturais: fundou asilos para crianças órfãs, fundou também diversas escolas, oficinas de manufatura, maternais, entre outros.

 

Sobre sua vida e projetos

Filha de Antonio Maria Franco e Tereza Franco, aos 5 anos de idade Anália mudou-se com eles para São Paulo.

Quando completou seus 16 anos, Anália entrou para um Concurso de Câmara e, assim, conseguiu autorização para exercer o magistério, ensinando alunos do primário. Durante um certo tempo ela ajudou sua mãe no magistério.

No ano de 1872 ela recebe seu diploma de jornalista em São Paulo. No entanto, um ano antes, em 1871, a Lei do Ventre Livre havia sido sancionada e ali despertava a sua verdadeira vocação.

Ela trocou o seu emprego em São Paulo para ir para o interior amparar os filhos de escravas que eram abandonados e demais crianças que se encontravam sem amparo. Para isso ela aluga uma fazenda para acolher essas crianças.

No entanto, a fazendeira não fica muito contente com a sua fazenda sendo transformada num albergue para filhos de escravas. Assim, tendo que sair dali, Anália aluga uma casa na cidade e para lá leva as crianças.

Como o dinheiro do aluguel saia do seu bolso e o valor que sobrava não era suficiente para alimentar as crianças, a professora passou a mendigar para as crianças. Ela saia cedo, levando consigo os que ela costumava chamar em seus escritos de “meus alunos sem mães”.

Mas além disso, ela também criou muitas escolas maternais e escolas elementares. Outro projeto seu foi o “Liceu feminino” onde eram instruídas professoras para as escolas que ela fundava.

O seu nome muda de Anália Emília Franco para Anália Franco Bastos depois que ela se casa com Francisco Antônio Bastos.

Mesmo vindo de família católica e, mais tarde, tivesse se tornado espírita, Anália não impunha a sua crença em seus trabalhos, mas defendia a tolerância religião e a liberdade.

 

Mais sobre Anália Franco

Deixando o interior e indo para a capital de São Paulo, ela funda uma revista própria intitulada de Álbum das Meninas, no ano de 1988. E como sua maior preocupação era com as crianças que não tinha pais, no primeiro número dessa revista está logo na capa o artigo Às Mães e Educadoras, sendo uma referência as professoras que ajudavam no seu projeto de cuidar das crianças desamparada e ainda fornece-lhes educação.

Como escritora, Anália publicou muitos folhetos e também opúsculos que tinham a ver com os cursos que eram ministrados nas escolas fundadas por ela. Esses materiais ajudaram muitas professoras e professores a desenvolverem nos alunos faculdades morais e afetivas. Um desses materiais era o opúsculo: “O Novo Manual Educativo”, o qual é composto por três partes: a infância, a adolescência e a juventude.

Além das escolas que ela mantinha na capital e no interior, a escritora e professora também mantinha creches e bibliotecas e também cursos que preparam para o mercado de trabalho.

Mas ela ainda tinha muito para dar e em 1922, sem recursos financeiros, adquire uma propriedade (uma chácara) e lá funda uma colônia qual chamou de “Colônia Regeneradora D. Romualdo” onde garotas e garotas eram internados a fim de melhorarem sua vida (serem regenerados).

No dia 20 de janeiro de 1919 Anália Franco, aos 66 anos, vem a falecer em decorrência da gripe espanhola.