Aviso de ausência de Ema Machado
NO
NO
Reflexo...
Não anseio vestir-me em plumas
Nessa rotina mórbida, só cheira a dor
Dos banhos de sais e espumas
Nem mesmo aroma restou
Olho-me no espelho
Dispo-me dos artifícios
Vejo-me por inteiro
Onde mora meu eu, ou seus resquícios
As paredes engoliram meu orgulho
Incertezas suprem o espaço
Sou apenas o entulho
Que anseia, o universo de um abraço
Nas telas, apenas números a mais
Tantas perdas, tantos danos
Quanto custa em reais?
Que valeram nossos planos?
O futuro já se escreve
Em breve, seremos apenas história
Como nossos ancestrais...
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de agosto de 2020 19:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 43
Comentários6
Boa noite, Mari.
Pois é uma verdade, logo seremos só história.
Um grande abraço.
Obrigada pela leitura, querida. Abraço
Seu poema e profundo e contém total verdade!
Não é só poesia é uma profecia também .
Parabéns.
abraço.
Obrigada, menino. Bom tê-lo por aqui. Abçs
Pois é poeta. A humanidade desmascarada pela pandemia de de hoje será lembrada com tristeza pela humanidade feliz do futuro.
1 ab
ps. A melodia foi exemplarmente escolhida e se encaixa no teu poema como luva na mão certa.
1
Obrigada, amigo Nelson. É muito triste escrever sobre isso, é verdadeiramente sentido. Grande abraço
Esperança! e Saudade
Obrigada por sua apreciação. Gde abç.
Mari, gostei muito do seu poema, tão bem escrito. A vida passa, as perdas se acumulam, e screvemos nossa história.... Abraço
É bem assim, Cecilia... Obrigada, querida. Grande abraço.
Mari, saiba que sempre que venho a esse espaço procuro por seus versos.
Seu poema é primoroso!
Abraço
Obrigada pelo carinhoso elogio, Hébron. É recíproco. Grande abraço.
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