Minha infância
(Carlinhos, Nenê e Eu)
Éramos em muitos,
Mas hoje falarei de três
Carlinhos: Nenê e eu
Roubavamos amoras
e jaboticabas da chácara
Do japonês
Com direito a tirinhos de sal
De vez em quando um de nós despencava da árvore frondosa
Neste tempo, Deus já existia
para nossa sorte.
Futebol no campinho do lado
Sorvete de palito,
carrinho de rolimã
Calção encardido de terra
De tanto brincar nos barrancos
As briguinhas de rua
Principalmente quando
falavam da mãe.
Tarzan, Zorro, Ultramen,
Jeannie é um gênio,
Assistia na televisão alheia
Sim, naquele tempo
podíamos contar
com a bondade alheia
E ainda filava bóia
Na casa da Dona Luiza
Tantas Vezes me alimentou.
Carlinhos, Nenê e eu
Éramos como irmãos
O mais forte protegia
O mais fraquinho
E assim a infância seguia
Quando passo por este lugar
Ainda sinto a doce brisa
daqueles dias de menino
A criança em mim permanece
Num quartinho, cuja chave não
Me lembro mais onde guardei.
- Autor: Shmuel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 13 de outubro de 2021 11:23
- Comentário do autor sobre o poema: Como diria Moreira da Silva: "Colhendo fruta no pé, chupando picolé, pé de moleque passoca, rodopiando pião, fazendo troca-troca"
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 28
- Usuários favoritos deste poema: Ema Machado, LEIDE FREITAS
Comentários10
Bom dia poeta.
]Poxa! Viajei no tempo poeta. E que viagem gostosa!
Obrigado
1ab
Que bom Nelson Medeiros! Fico feliz mesmo.
Abraços!
Boa tarde, Shmuel.
Meu eu criança, também vive em mim, jamais morrerá.
Acredita que eu brincava de bolinha de gude,, soltava pipa vê andava de carrinho de rolimã também?
Sem desprezar as bonecas e comidinhas, com as amigas, claro.
Gostei dessa viagem.
Abraço.
Boa... Edla! "Teco- teco, na bola de gude era o meu viver'". Lembra!!!!
Passastes uma parte desta aventura no Rio Pequeno ? rs
Queria que inventassem uma maquina do tempo , para voltarmos !
Parabéns , ótimos anos os melhores !
abraços amigo.
Não Corassis, meu amigo. Esta passagem foi entre 72 a 76. Estava morando no Jardim Guaraú. Uns 15 km do Rio Pequeno. Obrigado por comentar.
Abraços!
Obrigado, realmente foram momentos mágicos.
Abraços!
Um passeio poético, pela infância jamais esquecida, com capricho deste vida a teus escritos, bravo amigo poeta colibri, Shmuel, forte abraço.
Obrigado poeta colibri! Você é o cara!
Bom dia.
Shmuel, delícia de infância! Grande abraço.
Oh, minha querida poeta! Um privilégio ter sua presença aqui.
Abraços!
Que infância maravilhosa! Brincadeiras que as crianças de hoje, nunca ouviram falar.
Relendo tudo e apreciando.
Boa tarde!??
Você é muito generosa!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.