Poeta e compositor Jorge Salomão morre aos 73 anos

Poeta, letrista e também diretor de teatro, o baiano Jorge Salomão foi um nome importante para a cultura baiana e carioca. No último sábado, dia 7 de março, ele se despede, em decorrência de uma infecção.

Jorge Salomão

Ele foi diretor de peças como “A Alma Boa de Setsuan” (escrita por Bertolt Brecht) e “O Macaco da Vizinha” (escrita por Joaquim Manuel de Macedo), além de também ter escrito letras de músicas para cantoras como Zizi Possi e Marina Lima.

Há cerca de três semanas Jorge Salomão havia sofrido um infarto, onde precisou implantar três pontes de safena, no Instituto Estadual de Cardiologia.

Depois, o compositor e diretor de teatro ainda lutou contra uma pneumonia e teve também insuficiência renal, tenho também que fazer uma cirurgia para tratar uma úlcera no duodeno, no entanto não conseguiu sobreviver.

 

Sobre Jorge Salomão

Natural de Jequié, na Bahia, o poeta, que nasceu em 1946, concluiu seus estudos ainda em Salvador. Tempos depois, ele ingressa na faculdade de filosofia e ciência, mas abandona e passa a estudar na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1969 e lá teve se contato com a contracultura. Já no Rio, foi também colaborador da peça “Fa-Tal” de Gal Costa e também diretor de “Luiz Gonzaga Volta Pra Curtir” (1992).

Como escritor, Jorge Salomão foi autor de livros como “Mosaical”, publicado em 1996, “O olho do tempo”, lançado no ano de 1997 e “Sonoro”, livro lançado em 1999.

Sua estreia na literatura ocorreu quando fez publicações na revista Navilouca, a ual fora criado por seu irmão Waly Salomão e por Torquato. No entanto, ele veio a lançar seu primeiro livro, “Mosaical”, apenas quando tinha 47 anos.

Ele foi amigo de Gal, de Caetano, de Dedé e também de Torquato Neto, entre outros, estando, desde sua juventude, envolvido com os agitos tropicalistas.

Era tão querido e tinha tantos amigos que chegou a receber uma homenagem em forma de filme (“Brasil Jorge, Homenagem a Jorge Salomão”) do artista plástico Hélio Oiticica.

Inclusive, ele também atuou no cinema, nos filmes “A Múmia Volta a Atacar” e também em “Perigo Negro”.

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