Poeta distribui poemas pelas ruas de Ribeirão das Neves

Rodolfo Ataíde é um poeta e fotógrafo residente de Ribeirão das Neves – Minas Gerais. Ele começou a distribuir poemas pelas ruas do município como uma forma de estimular as pessoas a praticarem a leitura.

Poeta distribui poemas pelas ruas de Ribeirão das Neves

O poeta produziu e passará a distribuir, de forma gratuita, 15.000 postais contendo poemas e imagens, sendo tudo de autoria dele. Os postais serão distribuídos em pontos comerciais e em espaços públicos.

E sobre os poemas escolhidos para fazerem parte dos postais, a escolha foi de três: “Minha história brasileira”, “O corpo e a cidade” e também “A construção do futuro”, a seleção forma uma trilogia sobre o passado, o presente e o futuro das pessoas negras no Brasil.

E os poemas de Ataíde fazem referência ao período do Brasil Colonial, trazendo também reflexões sobre a sociedade atual vista do ponto de vista do homem negro.

 

Poemas pelas ruas: por que um cartão postal?

Ataíde escolheu o cartão postal para essa ação porque assim ele poderia unir a escrita poética com a fotografia e também o design, tudo isso com o objetivo de apresentar ao leitor um material distinto e também que fosse acessível a todos.

Essa ação feita pelo poeta e fotógrafo faz parte do projeto chamado de “Imaginário do homem preto”, o qual é financiado pelos recursos advindos da lei Aldir Blanc de Ribeirão das Neves.

O lançamento oficial desse projeto acontecerá a partir das 19h no dia 12/02 por meio de uma live que Rodolfo Ataíde fará em sua página no Facebook (uma página dedicada ao compartilhamento de poemas e onde mostrará também o andamento desse projeto). A página do Facebook é a seguinte: @rodolfoataide

Ataíde continua dizendo que pretende aproximar a sua arte das pessoas comuns de sua cidade e que quer ainda mostrar que qualquer pessoa pode se tornar leitora ou até mesmo escrever poemas e outros tipos de textos, concluindo que a poesia não é algo restrito aos grupos das elites intelectuais. Ele ainda segue dizendo que não há muitas políticas que incentivem as pessoas mais pobres a lerem, mesmo que isso seja algo fundamental para o desenvolvimento.

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