Poema de morador de rua surpreende com a riqueza de palavras

Gravado num pedaço de madeira está um poema de autoria de Sérgio Cezar da Silva, 45 anos. Ele, que vive nas ruas de Campo Mourão, escreveu o poema numa placa de madeira e o colocou em frente a uma agência bancária, um dos locais onde costuma passar as noites frias e solitárias.

Poema de morador de rua surpreende com a riqueza de palavras

Poemas trazem sempre palavras que emocionam, que cativam, e esse de autoria do senhor Sérgio Cezar da Silva (o “Serjão”) não foi diferente. Com palavras de esperança, ele convida as pessoas a confiarem e a não desanimarem. A seguir um trecho do poema de sua autoria:

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O que chamou a atenção de quem por ali passava foi a riqueza de palavras em cada verso a elaboração da produção textual, muitos tiraram fotos e as mesmas estão circulando pelas redes sociais.

 

Um pouco sobre a vida de Sérgio Cezar da Silva

Sérgio Cezar da Silva era usuário de drogas, tento até mesmo seguido pelo caminho dos roubos para manter o vício, mas foi preso e cumpriu pena. Por si mesmo ele decidiu que não queria mais aquela vida e se esforçou até abandonar o crack e a dependência química.

Desde o ano de 2017 que ele está livre do vício. E agora investe seu tempo no conhecimento, gostando de falar sobre Deus, sobre artes, cinema, ufologia, etc.

O Serjão não teve a figura do pai, tendo sido criado pela avó. Ao todo ele teve sete irmãos, sendo duas irmãs por parte de mãe e cinco por parte do seu pai. Ele se casou e teve uma filha.

Com 12 anos o Sérgio começou a trabalhar e mais tarde tornou-se concursado indo trabalhar na prefeitura. Infelizmente, quando já tinha 16 anos trabalhando como servidor, ele caiu no mundo das drogas, indo morar nas ruas em 2015, em Curitiba. Mas em 2017 ele retornou para Campo Mourão.

Vivendo de pratos de comida que ganhava e residindo entre as marquises, ele se envolveu com a pintura em tela, tendo ganhado o material que precisava para isso. E ali ele fazia sua arte no calçadão, onde muitas pessoas paravam para a apreciar.

Mas o tempo passou e o material para a pintura acabou, tendo ele que parar por falta de dinheiro. Hoje ele vive nas ruas ao lado do seu companheiro Chico, um cãozinho vira-lata.

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