Morre o poeta português António Osório de Castro

Na última quinta-feira (18/11), o poeta português e antigo bastonário da Ordem dos Advogados, António Osório de Castro, faleceu aos 88 anos.

Morre o poeta português António Osório de Castro

O comunicado sobre a morte do poeta foi dado pela Ordem dos Advogados.

Ele, que foi eleito como bastonário para o triénio 1984-1986, havia também desempenhado diversos cargos na Ordem dos Advogados em Portugal. O poeta era licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

“Foi, além disso, sob o nome de António Osório, um poeta de enorme qualidade, tendo recebido vários prémios como o Prémio Literário Município de Lisboa (1982), o Prédio P.E.N. Clube Português de Poesia (1991) e o Prémio Autores (2010)”, diz um dos trechos da nota emitida pela Ordem.

A Ordem ainda manifestou que encontra-se com o mais profundi pesar sobre o falecimento do poeta e antigo bastonário, apresentando as suas condolências para a família do falecido.

 

Quem foi António Osório de Castro

António Osório de Castro foi presidente da Associação Portuguesa para o Direito do Ambiente e ainda atuou na administração da Comissão Portuguesa da Fundação Europeia da Cultura.

Mas além disso ele também foi diretor da revista portuguesa Foro das Letras e diretor da Revista de Direito do Ambiente e do Ordenamento do Território, fundada por ele.

Seus livros de poesia foram publicados em países como França, Espanha, Itália e também no Brasil. Há obras suas também em revistas em catalão, inglês e francês.

Algumas de suas obras mais conhecidas são: Raiz Afectuosa (publicada em 1972), A Ignorância da Morte (de 1978), O Lugar do Amor (de 1981), Décima Aurora (publicado em 1982), Adão, Eva e o Mais (de 1983), Planetário e Zoo dos Homens (de 1990), Casa das Sementes (publicada em 2006) e também A Luz Fraterna (2009).

O atual presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou também suas condolências e destacou que Castro foi alguém que “acreditou na harmonia das coisas e com as coisas”.

“Foi um poeta do amor e da família, da natureza, dos bichos, dos ofícios, minucioso, lírico, em diálogo constante com a poesia italiana, com a sabedoria oriental e com a pintura europeia. Escreveu ensaios, crónicas, memórias, poemas em prosa, aforismos, e dirigiu a revista de escritores juristas Foro das Letras”, destacou o chefe de Estado.

Comentários1

  • SANTO VANDINHO

    Triste, mas a poesia vive eternamente deixada pelos poetas e poetisas (pois, as palavras são eternas) ! paz e bem !

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