Morre a escritora Anna Maria Martins, da Academia Paulistana de Letras

Membro da Academia Paulistana de Letras (APL) há 28 anos, Anna Maria Martins faleceu no último sábado (26/12). Com seu livro “A Trilogia do Emparedado e outros contos”, ela foi vencedora do Jabuti em 1973 e também do Afonso Arinos.

A escritora, cronista e tradutora faleceu aos 96 anos, em São Paulo, e o velório foi no domingo na sede da APL. Já a cerimônia de cremação ficou restrita apenas para a sua família. A academia relatou que a escritora estava internada a cerca de um mês no Hospital Oswaldo Cruz e a sua morte não foi por conta do Covid-19. No entanto, até o presente momento, não há informações sobre a causa de sua morte.

Um pouco sobre Anna Maria Martins

Anna Maria Martins nasceu no dia 28 de novembro de 1924 em São Paulo.

Foram 28 anos ocupando a cadeira de número 7 na Academia Paulistana de Letras, onde ele tomou posse em 1992. Anna foi, além de escritora e tradutora, romancista, ensaísta, cronista e contista.

Tudo começou para Anna na tradução e depois foram publicados os seus primeiros contos no jornal “O Estado de São Paulo”, num Suplemento Literário do jornal.

Já sobre seus livros publicados, algumas de suas obras são: o premiado “A Trilogia do Emparedado e outros contos” (ganhador do Prêmio Jabuti na categoria autor estreante), “Retrato sem Legenda”, “Katmandu” e “Sala de Espera”.

Como tradutora, ela fez a tradução de obras de autores como Aldous Huxley, John Kenneth Galbraith, Herman Melville, Maurice Leblanc, Ray Bradur, Heinrich Heine e Agatha Christie.

Nomes como Antônio Cândido, Cremilda Medina, Nilo Scalzo, etc., escreveram sobre a sua obra.

E além de envolver-se com a escrita e a tradução, Anna ainda atuou no setor cultural sendo vice-presidente da União Brasileira de Escritores (UBE) e, ainda, foi diretora da Casa Mário de Andrade, tendo dirigido ali a Oficina da Palavra.