O escultor João Bez Batti, poeta das pedras, celebrou no dia 11 de novembro deste ano.
Bez é radicado em Bento Golçalves, no Rio Grande do Sul. E quem visita ou conhece os Caminhos de Pedra provavelmente já deve ter se deparado com as esculturas poéticas desse poetas das pedras, tal como o muro em basalto numa propriedade no distrito de São Pedro, nos Caminhos de Pedra, com uma escultura multidimensional.
E quem pensa que a idade avançada do poeta e escultor o atrapalhará de realizar mais, engana-se. O mesmo já tem feito planos para os noventa anos de idade, como quem tem a capacidade de parar o tempo.
São 60 anos de trajetória no mundo das artes e o mesmo apresentará em breve sua exposição. Ele tem trabalhado em várias esculturas para esse evento. E também mostra-se empolgado com o seu livro “Dialogando com Picasso”, onde ele mostra a admiração que possui pelo artista.
No trabalho que tem desenvolvido ele transforma algumas pinturas de Picasso em esculturas. João Bez Batti conta que estuda as obras do pintor espanhol desde os anos 80.
As peças são feitas em basalto, algo que caracteriza ainda mais as belas esculturas de Batti. Ele conta que boa parte das peças já estão vendidas e que nunca havia vendido tantas peças num período de tempo tão curto como esse.
Essa exposição cultural fora adiada para setembro de 2021 por conta da pandemia. A mesma acontecerá na Galeria de Arte Gerd Bornheim, em Caxias do Sul.
Batti mostra que o seu trabalho recebe também inspiração da poesia.
Rainer Rilke, por exemplo, parece ser uma das inspirações para o poeta das pedras, tem uma de suas frases comparadas a trajetória de Bez, onde ele fala sobre a magnitude da árvore que não contam-se um ou dez anos para que ela chegue a sua magnitude. Bez conta que sua trajetória foi de poucos acertos, mas que agora sente que está fazendo as coisas direito.
O escultor ainda ressalta o quão importante foi o apoio que recebera se sua esposa, Maria Schirley Bez Batti, 78 anos, com quem é casada há 53 anos.
Um pouco da história de Batti
O escultor já atuou como carteiro dos Correios, período em que usava o tempo livre para fazer esboços em papéis.
Tempos mais tarde ele passou a estudar com artistas como Vasco Prado e com Zoravia Bettiol, isso nos anos 60. Naquele momento, ele escutou do seu mestre que, independente do que ele estivesse fazendo naquele momento, o trabalho teria importância mesmo dali a 40 anos. E hoje, nos seus 60 anos de carreira, Batti acredita estar no caminho correto.
Comentários1
A arte é VIDA. Ele é mais uma mostra VIVA disso...
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