Nesta semana a literatura internacional sofre uma grande perda: a autora Joan Didion.
Didion é conhecida pelos seu livros que narram momentos de perda em sua vida, um intitulado “O Ano do Pensamento Mágico” e o outro “Blue Nights”. Ela faleceu na véspera de natal, aos 87 anos.
Em seu livro “O Ano do Pensamento Mágico” ela narra o momento de luto vivido após a morte do seu marido, seu parceiro por 40 anos. Já em “Blue Nights” ela descreve os dias vividos poucos meses após a morte do marido, quando sua filha “Quintana” sofre um colapso.
As duas obras são consideradas essenciais para quem deseja fazer uma análise sobre o luto.
Didion possui um dos textos considerados mais afiados dos Estados Unidos, os quais aperfeiçoou desde 1960 no New Journalism e também em revistas como a Vogue.
Mais sobre Joan Didion
A autora americana, que também foi ensaísta, romancista e jornalista, fez um retrato da geração da contracultura e hippie no seu estado natal, a Califórnia, tendo nisso uma visão crítica.
Em seu livro “Rastejando até Belém” ela narrou de forma prematura a morte e também as contradições de tais gerações. Um dos textos dessa obra descreve como ela descobriu, enquanto fazia uma reportagem, que os pais de uma criança oferecia-lhe drogas.
Dentre os feitos da autora estão as vezes em que ela visitou reuniões de drogados, acompanhou think tanks do interior dos EUA, fez uma matéria sobre a Nancy Reagan (antes dela tornar-se primeira-dama), etc. Ela também já veio muitas vezes para a América Latina e viveu na Califórnia e depois em Nova York.
A autora sofria de enxaqueca e usou um dos seus textos para explicar essa condição de forma racional.
Também, ela se preocupou em ajudar outros escritores, uma vez que boa parte de sua literatura era focada em explanar sobre o processo de escrever.
No Brasil, estão sendo publicados e reeditados os livros de não ficção de Joan Didion, tal como é o caso da coletânea “O álbum branco” (pela Harper Collins). Já nos Estados Unidos acontece o relançamento dos seus romances, algo que tem chamado a atenção da imprensa, inclusive da revista “New Yorker”.
Enviar comentário