Dois encontros sobre literatura indígena serão promovidos pela biblioteca do Instituto Goethe de Porto Alegre. O primeiro encontro aconteceu no dia 29 de outubro e o segundo será em novembro deste ano.
O evento terá a presença da escritora e descendente do povo Macuxi, Julie Dorrico. Dorrico é também doutoranda em Teoria da Literatura no PPG de Letras da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
Haverá, ainda, a participação do escritor Maraguá Roni Wasiry Guara, natural de Paraná do Ramos (Amazonas). Rony possui formação em Pedagogia Intercultural Indígena.
Sobre o segundo encontro sobre literatura indígena
Será no dia 12 de novembro que ocorrerá o segundo encontro sobre literatura indígena brasileira contemporânea. Nesse evento Julie e Roni Wasiry Guara estarão presentes.
Através das conversas desse encontro as pessoas poderão conhecer mais sobre a literatura indígena. No primeiro encontro foi a vez de Julie abordar sobre a literatura indígena contemporânea e esse segundo encontro será marcado pelo compartilhamento da cultura e trajetória literária de Roni Wasiry Guara.
Tanto Julie quanto Guara destacam que esses encontros ainda servirão para que as pessoas corrijam aquela visão errônea sobre o povo indígena, uma visão genérica dos indígenas que não destaca a sociodiversidade que existe no país.
Sobre a escritora Julie Dorico
Julie Dorico nasceu em Guajará-Mirim, município a oeste de Rondônia. Sua mãe é guianense, nascida na fronteira com Roraima, e o seu pai peruano.
A sua infância foi passada entre canas-de-açúcar e pés de mangueira. Tempos depois, aos nove anos, ela foi viver na casa de sua bisavó materna que cultivava mandioca e falava um idioma diferente: ela era macuxi. Fora dessa convivência e da experiência que teve com a leitura em sua infância que ela passou a ter paixão pela literatura e buscou saber mais sobre suas origens e sobre a literatura indigência, tão escassa no Brasil.
A descendente de macuxi, Julie, é autora do livro “Eu sou macuxi e outras histórias” (publicado pela Editora Caos e Letras). Ela também a idealizadora dos perfis do Instagram @leiamulheresindigenas e @literaturaindigenaro e também do canal no YouTube “Literatura Indígena Brasileira”.
Comentários1
No Hospital Regional de Vilhena, Rondônia, tive contato, como cardiologista, com tribus Maimandê, Terena, Aikanã, Nambikwara, Tauandê e outras de pouca frequência, de que não me lembro. Sofredores, malnutridos,, portadores de tuberculose pumonar, e carentes de apoio adequado.
Soube que são propensos a serem 'unidos na guerra e na doença'.
Desconheço a literatura indígena.
Que seja bem- vinda.
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