A poesia faz parte do dia a dia dos uigures (turcos mulçumanos que habitam especialmente a região autônoma de Xinjiang). E a elevação de seus versos remonta há séculos.

As crianças, por exemplo, muitas delas, são ensinadas pelos seus pais através de poemas e incentivadas a escrever.

Também, nas lojas onde se vendiam livros a maioria ali eram de livros de poesias. Haviam-se também espaços nos jornais distritais para que os residentes pulicassem seus poemas.

E haviam ainda escritores que pulicavam seus poemas em suas contas do WeChat. A poesia é algo tão forte entre os uigures que algumas das principais figuras públicas entre eles são poetas.

São poucas as culturas que tratam de conferir tanto preocupação com a poesia quanto os uigures. Muitas vezes ela é comparada com outras culturas de tradições ricas como a dos russos ou persas. Mas, infelizmente, ela tem sido silenciada entre eles por conta das opressões do governo chinês.

A poesia dos uigures sendo silenciada

De acordo com pesquisadores e poetas, a poesia tem se esvaído do meio do povo uigur. E ela segue para a extinção, devido a que o governo faz de tudo para silenciar os poetas ali.

Um poeta chamado de Izgil (que fugiu para os Estados Unidos), relata que conheceu ao menos vinte poetas que foram detidos pelo governo chinês. No ano de 2018, Izgil uniu-se a outros escritores para fundar a União Mundial de Escritores Uigur. Ele segue escrevendo e, como outros poetas, pulica suas oras online.

As autoridades locais tem redobrado as campanhas para silenciar os uigur, mas fora da China há uma luta para manter essa arte viva, luta essa que tem sido realizada pelos uigures da diáspora.

Há campanhas fora da China que tem o objetivo de manter a arte dos uigures viva. A exemplo disso tem-se na Turquia uma empresa do setor editorial que vem pulicando poesia e outras obras desse povo (que inclusive estão disponíveis em Xinjiang).

Mas há ainda outros movimentos como os artistas estrangeiros que tem interpretado poemas escritos pelos uigures.