Claudia Casagrande

Desespero

Ontem eu queria morrer

Nada ou ninguém poderia desfazer

Da minha garganta o imenso nó

A tristeza que sentia, a mim dava dó.

Meu peito estava apertado

Meu desespero era desesperado

A dor que ardia dentro do coração

Era tão intensa quanto o esgotamento  do meu pulmão.

A lembrança me enlouquecia

A verdade eu não queria

O peso estava insuportável

A vontade de morrer, imperdoável.

No entanto, eu ajoelhado

Completamente atormentado

Pedia a Deus para não  mais existir

Pedia a Deus que me fizesse sumir

Mas Deus não  foi meu amigo

Ele não atendeu ao meu pedido

Então percebi que estava perdido.

 

No outro dia eu pude existir

E a presença do Pai fui capaz de sentir

Porque Ele não me deu a morte

Deu-me fé, esperança e a sorte

De estar ali naquele momento

De vivenciar um enorme arrependimento

Visto que o motivo ontem gigante

Hoje me pareceu menos importante.

  • Autor: Claudia Casagrande (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de Dezembro de 2020 12:29
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 42

Comentários3

  • Dr. Francisco Mello

    Gostei, poetisa.
    Vamos matando os leões a cada dia.
    Fomos feitos para isto, querida.
    Um baita abraço.

    • Claudia Casagrande

      Isso mesmo, doutor.
      Muito obrigada
      grande abraço e boa noite

    • Ema Machado

      A fé é nosso sustento, pobre daquele que não a carrega... Uma bela mensagem poética. Abçs, querida.

      • Claudia Casagrande

        Com certeza, Ema.
        Muito obrigada pela visita.
        Que bom que gostou.
        boa noite
        beijos

      • Cecilia

        Muito bom, Cláudia! TEMOS A LUZ DA MANHÃ PARA ENCOLHER OS FANTASMAS DA INSÔNIA...
        BEIJO

        • Claudia Casagrande

          Verdade, dona Cecília...
          Muito obrigada e um ótimo final de semana
          beijos



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