Eu, só, solidão,
perdido na multidão,
que caminha sem rumo,
sem destino,
que anda, a procura da fé...
Eu, só, solidão,
sinto a brisa soprando,
vejo a rosa chorando,
a vida correndo,
sofrendo a agonia do tempo...
Eu, só, solidão,
vejo a noite,
ela desce soturna
e confirma a solidão,
a angústia da escuridão...
Eu sofri, corri,
fugi da multidão,
abandonei a confusão,
gritei, berrei,
perdi a razão, acordei...
Eu, agora, sem hora,
sinto-me só,
perdido, sentido,
sem destino, sem tino,
sem rumo, eu sumo...
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de novembro de 2020 14:23
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
Comentários9
Hélio,espero que seja apenas um exercício de poema quase " noir" e estejas usando o que só o poeta sabe fazer,: fingindo que é dor, a dor que o faz sofrer. E tudo passa,tudo passará. Bom ler seu exercicio!
Olá Maria Dorta. Não se preocupe. O poema reconhece uma realidade que não é a minha. A poesia pode e deve ser a voz de muitos! Um grande abraço.
Existem muitas "solidões" na multidão... Expressa em poesia é perfeita! (Que a realidade não seja verdadeira)
Olá Ema, obrigado pelo comentário. A poesia deve expressar todas as realidades, mesmo as mais difíceis. O poeta deve ser o cronista dessas diversas realidades. Mesmo que não sejam suas! Um abraço.
O poeta enxerga o coração alheio !
Parabéns Hélio.
Abraço.
Caro Corassis, obrigado pelo comentário perfeito. Esse é o papel do poeta. Um abraço.
Helio, poesia de todas as emoções... Hoje versos de lamento, sofrimento e drama!
Abraço, meu amigo
Hébron, o poeta pode e deve experimentar várias emoções e sentimentos em seus textos. Caro amigo, estamos em sintonia o seu soneto "Lancinante" segue a mesma "vibração". Um grande abraço.
Na solidão você se encontra e se perde.
Quanto maior a multidão que nos cerca, maior é a sensação de estarmos sozinhos.
Achei perfeito seu poema, Helio.
Zaira obrigado pelo comentário! Sem dúvida. Perdido na multidão a solidão só aumenta. Um abraço.
Belo poema poeta Helio Valim, é como meu conterrâneo Alceu Valença canta:
"A solidão é fera, a solidão devora
É amiga das horas, prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração…"
Um forte abraço!
Olá Ernane. Sem dúvida belos versos (creio que são de Zé Ramalho). Um grande abraço.
Gosto deste poema que abordam a solidão de forma profundo.
Parabéns fizeste uma leitura exata do ser só.
Abraços ao poeta, Hélio Valim.
Obrigado Shimul. Gostei muito do seu comentário. Creio que esta seja a forma mais verdadeira e, portanto, mais intensa. Um grande abraço.
Gostei demais.
Que oportunidade fantástica estar neste espaço e ler poemas como este.
Obrigada
Obrigado Claudia. Fiquei feliz com o seu comentário. Realmente este espaço de interação é muito bom. Um abraço.
Profundo! A poesia trata tudo o que sentimos quando estamos sozinhos em versos muito bem estruturados. Parabéns poeta
Obrigado pelo generoso comentário. O poema é impactante pela sua sinceridade aguda. Um abraço Poeta gótico.
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