O mar que vive em mim .
Que eu carrego sem ter fim.
Nesse mar de desassossego.
Da inquietude e do medo.
Que navego sem bússola.
E me amarro ou desapego.
Que profundo és tu, ó mar?
Que escondes no teu ego,
No teu íntimo desejar?
Eu te grito bem alto, ó mar!
Abre-te para que eu possa passar.
Duas vezes já eu tinha gritado.
Mais uma vez voltei a fazê-lo.
Que escondes tu para tal desapego?
Mar meu, esse cheio de medo.
Porque teimas em não deixar passar,
Quem já ouve o seu ego?
Lembra-te, ó mar, de ti!
Desse mar outrora navegado,
Não te prendas tu, ó mar,
Solta as amarras e deixa entrar,
Quem de si ao passado foi resgatar, ó mar!
O Ferreirinha
- Autor: O Ferreirinha (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de julho de 2024 05:21
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema é muito pessoal. Está relacionado com a minha identidade e da minha ligação ao mar. Um mar cheio de emoções e sentimentos, onde o medo foi em tempos rei e senhor.\r\nHoje já não é mais. Hoje o capitão desse mar sou eu.\r\nA pintura associada está relacionada com o poema. A figura principal é o capitão do mar, ou seja, o autor.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 224
- Usuários favoritos deste poema: O Ferreirinha, Lilian Fátima, Melancolia..., Shmuel
Comentários5
E nesta belíssima reflexão eu naveguei e mergulhei fundo lendo cada verso teu, que construção profunda, uau! Parabéns, caro colega poeta!
Muito obrigado pelas palavras.
É um poema das profundezas da minha alma.
Continuação de boas leituras.
Maravilha!!! Poesia para ler e reler
Obrigado pela opinião.
Ótimo poema....
Aplausos.
Obrigado pela apreciação. É um gosto partilhar a minha poesia.
Muito bom poeta! Uma inspiração pra de feliz.
Abraços!
Obrigado pelas palavras. Este é um dos poemas que mais gosto. É um poema muito pessoal e que veio diretamente da alma.
Navegar é preciso poetizar fundamental !
Parabéns pelo belíssimo poema
Abraço poeta .
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