Nelson de Medeiros

A DEUSA DA MINHA RUA



A DEUSA DA MINHA RUA
 
Sempre à noitinha eu a vejo chegar
Retornando, elegante, a seu abrigo...
Não sou “voyeur”, mas juro não consigo,
Deixar de olhar um corpo singular!
 
Seus olhos verdes, verdes como figo,
São adornos d!uma deusa d!além mar,
E as tranças enroladas, cor de trigo,
Tem  nuanças do poente no luar!
 
Tudo nela me encanta e me fascina,
E os modos de mulher e de menina
Num tempo são pueris e obscenos!
 
Sei que é teimosa e até intransigente...
Pode ferir, sem pena, agudamente,
Mas sabe amar, sem pejo, como Vênus!
 

Nelson De Medeiros

07/1999

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Julho de 2020 08:19
  • Comentário do autor sobre o poema: Soneto feito em 1999, no auge da liberdade, em homengem a minha vizinha.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 26

Comentários7

  • Marcos Valerio de Souza

    Quem nunca se deparou com uma Deusa dessa?
    O soneto é encantador!
    Abs poeta.

  • SANTO VANDINHO

    Lindo e perfeita homenagem ao primeiro despertar seja masculino ou feminino do seu primeiro amor! (Me fez lembrar o Cantor Nelson Gonçalves na sua linda musica a Deus da Minha Rua... ! rsrsrsrs Paz e Bem Poeta !

  • CORASSIS

    Linda e perfeita homenagem,
    a esta musa .
    Com grandeza a descreves de forma minuciosa.
    Abraço

  • Marcos Galvão

    Maravilha amigo! Os olhos verdes já são show e ainda como o figo um doce encantador rss!

  • Rosangela Rodrigues de Oliveira

    Um admirador de uma bela mulher. Parabéns pelo poema.

  • Hébron

    Muito bom, lembrou aquela musica ?... A deusa da minha rua, tem uns olhos onde a lua, costuma se embriagar...?
    Abraço, meu amigo poeta

  • Cecilia

    Nelson, muito lindo! Abraço



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