Nelson de Medeiros

ÚLTIMA PEÇA



ÚLTIMA PEÇA.


Silencio... Sem aplausos na última cena
De nossa peça apresentada nesta vida!
Que jamais tu te lamentes, alma querida:
Não chores, não culpes nada, nem sintas pena!

O bardo cessa novamente a cantilena,
Buril que lapidava a dura e árdua lida
Em lira de amor somente exibida
No anfiteatro amargo desse palco arena!

Cantos de dor, paixões, estrofes dum passado;
Historias sem glórias num corpo amargurado,
Mas que a alma envaidecida teima em recitar!

 Poeta insano que ri, mas de dor padece...
Que manda ao Céu , serena e reverente prece,
E, ao mesmo tempo, chora e grita a blasfemar!

Nelson de Medeiros


 

Comentários4

  • Letícia Alves

    Belíssimo poema acompanhado de uma bela música!!

    Abraços, querido poeta.

    • Nelson de Medeiros

      Bom dia, poeta.

      Feliz com tua presença em minha escriva de lembranças , lamentos e saudades.
      ab

    • Ema Machado

      Belo poema, repleto de lirismo e sentimentos. Parabéns

    • Tereza Mendonza Lima

      Poema sensível e belo, onde o poeta canta as máculas de um ser padecente.

      A vida é como nuvens, a cada caminhada, a cada pedra, Deus mostra como devemos encontrar o verdadeiro caminho.

      Expressivo e um ensino.

      Bfds, luz e paz.obgda.

      • Nelson de Medeiros

        Bom dia, poetisa,

        Que lindas palavras você me dispensa e, por isso incentiva.
        ab

      • Helena Rodrigues

        Belíssimo, faço minhas todas as palavras aqui deixadas nos comentários !
        Sensibilidade, é o que transmite a Alma do Poeta
        Abraço Poético

        • Nelson de Medeiros

          Bom dia!

          Realmente agradecido e envaidecido com tua presença aqui e seus comentários incentivadores.
          1 ab



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