OLHANDO O TEU RETRATO
A tarde morre tristonha... Languidamente,
Enquanto a noite se aconchega mansamente,
Na imensidão inda esmaltada de rubi...
Dentro do peito o coração em desalinho
Vai se esvaindo entre lágrimas sozinho,
Carpindo as dores de um passado que vivi...
A paisagem é uma pintura sideral,
É obra-prima de um amor transcendental
Que há milênios foi pintado noutra estância!
E o murmurar da doce brisa na folhagem
Traz-me de volta, num soprar, a tua imagem,
Que no instante estaca o tempo e a distancia!
Na penedia escuto um grito a me chamar,
Mas me dou conta de que apenas ouço o mar
A me bramir esta saudade secular!
E as brancas ondas espocando no rochedo,
São como dor batendo n!Alma, num segredo,
Que o próprio amor não me permite revelar!
Nelson De Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 30 de junho de 2020 10:16
- Comentário do autor sobre o poema: Saudades... Apenas boas saudades.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 37
Comentários7
Lindo, amigo poeta!
Sempre um prazer e im aprendizado a leitura das suas poesias...
Li por aqui que a saudade dói, ainda que a lembrança seja boa...
Abraço
É por ai mesmo companheiro mas, a dor da saude doi mas é um dor gostosa...
1 ab
Belíssimo poema, impecável Poeta Nelson de Medeiros.
Abraço poeta!
Obrigado, companheiro.
1 ab
Misterioso sentimento amigo! Muito bom!
Obrigado poeta Um abraço.
Perfeitamente colocado em linhas sutis e contornos nobres.
Parabéns Nelson, você é um dos homens que perpetua a beleza na arte.
Obrigado poeta.
1 ab
Sem grandes comentários seus poemas tem que ser lidos e estudados de tão maravilhosos. Parabéns.
Obrigado, menina poeta, pela consideração com meus versos tristes.
1 ab
Maestria e beleza !
Na poesia tem a sua marca Nelson !
Parabéns!
Abraço
Nelson, tudo o que você escreve é bom e bonito. Este poema é especialmente harmonioso, é uma delícia deslisar pelos seus versos. Abraço.
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