Frios longos
Noites longas
Dias curtos
Inverno verão...
Vida estreita
Reza-se a seita
Da turva visão...
Segue-se a luta
Sem cobertura
Sem cobertor...
Da vida dura
Da criatura
Que ara a dor...
Cria-se a crise
Dessa marquise
Calor da gente
Vida cogente...
Fé e os aprestos
Afetos de restos
Largados no chão...
- Autor: Hébron (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de junho de 2020 15:58
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 30
Comentários9
Olá poeta. Verifico que tens o apurado dom de versar com muita propriedade o cotidiano das ruas.
1 ab
Meu caro, essas pessoas que estão aí nas ruas, ao relento, sobrevivendo sem a mínima dignidade me incomodam demais, aí fico refletindo um pouco, será que fazemos o suficiente em nossa individualidade? A humanidade permite isso, e me dói! E assim refletindo, saem uns versos...
Abraço
Que é melhor: a empatia, a simpatia ou a telepatia? Todos podem ajudar, em Frios Longos; calor...
É Chico Lino, talvez precisemos, todos, de um pouco mais do calor da humanidade em nossos corações... Todos podem ajudar, isso é fato.
Abraço, amigo poeta
Hébron, falou com propriedade sobre os moradores de rua. Há muito o que se fazer, a sociedade também tem sua parcela de responsabilidade. De uma forma ou de outra muitos podem ajudar.
Abrigados em nossas casas sentimos frio, imagine quem tem apenas papelão para cobrir o corpo no asfalto?
Comungo com suas ideias .
Abraços
Obrigado, amiga poetisa!
Essa situação de miséria humana agride minha humanidade.
Sinto-me impotente, acho que talvez poderia fazer mais, temos essa ânsia, mas o problema é do mecanismo perverso da sociedade.
Lamentável!
Abraço
Que bom ter oportunidade de ler sempre bons versos teus!
"'Cria-se a crise
Dessa marquise
Calor da gente
Vida cogente...
Fé e os aprestos
Afetos de restos
Largados no chão..."
Reflexivo...
Fico muito alegre com sua presença, Lucita!
Muito obrigado pelo comentário.
Ab
Como é bom poder comentar poemas de outras datas. E ainda recitar o mesmo.
Abraços, Hebron!
Muito obrigado, Shimul!
A declamação ficou muito bonita por seu sobrinho.
Abraço
Hebron , cada sentir já uma poesia e teu sentimento em poetizar a dor e o que te incomoda e por vezes sem nada poder fazer , já é um gesto belo e poético... por isso o poeta sofre... Sente a dor do outro! Abraços poéticos!
Tem poema que carrega nossa indignação...
Gratidão por sua visita e pelo comentário, Neiva
Abraço
A dor do outro, também é nossa... Aplausos!
Obrigado, Ema!
Um belo poema, no contexto a dor, quem sente na alma atinge o coração. Aplausos de pé, poeta Hébron Reis, com estilo poético alinhado a esquerda deu um charme a mais, bom dia abraços poéticos.
Muito obrigado pelo comentário generoso e atento, meu amigo poeta!
Abraço
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