AMARRAS VIRTUAIS

Cecilia

      AMARRAS VIRTUAIS

 

No silêncio do meu canto,

recolhida nos meus medos,

mergulhada em fundas mágoas,

urdo vinganças cruéis.

 

Elaboro detalhados

esquemas de fuga,

dantescos assassinatos,

e lânguidos suicídios.

 

A cada noite me encolho,

a cada dia acrescento 

minúcias sofisticadas

aos meus planos inviáveis.

 

É neles que me encastelo

para não enveredar

pelo caminho  sensato:

sair pela porta da frente,

sem olhar para trás.

  • Autor: Cecília Cosentino (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de junho de 2020 06:58
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 25
  • Usuários favoritos deste poema: Samuel SanCastro
Comentários +

Comentários10

  • Daniel B. Souza Lindasformasdeamar

    Muito bom, minha amiga Cecília!!

  • Cecilia

    Muito obrigada, Daniel

  • Chico Lino

    Belíssimo, Cecilia... ah, a sensatez... semáforos, faixas amarelas do metrô, berços das criancas e suas laterais, educação; buzinas psicológicas. Mandamentos. Prescindir, quem há de...

    • Cecilia

      Muito obrigada, Chico Lino.. Caprichei no texto mas não achei um título adequado, algo entre apatia e submissão.

    • Hébron

      Poesia que nos leva a refletir sofre a intimidade psíquica e sofrimento que cafa um guarda em s. Ficou a imagem da torre de um castelo e alguém sonhando sensatez...
      Tocante seu poema.
      Abraço

      • Cecilia

        Obrigada, Hébronpela atenção e mensagem com que me prestigia sempre. Abraço

      • Crica Marques

        Excelente, Cecília: a insensatez da solidão. Abraço

        • Cecilia

          Muito obrigada, Crica. Abraço

        • Nelson de Medeiros

          Pois é. Quantas vezes a sensatez nos faz sofrer!!!!

          1 ab

          • Cecilia

            Obrigada, Nelson,por me dar atençaoe mensagem.

          • CORASSIS

            Tocante e reflexivo poema !
            Parabéns nobre poetisa Cecilia
            Abraços

          • Sidneia Oliveira

            Ás vezes se faz necessário sairmos do trilho, ser sensato o tempo todo desgasta nosso psicólogo, para que sermos tão rigorosos conosco?

            Vamos nos permitir!

            Cecília, obrigada pela oportunidade da reflexão.

            Abraços

          • Maria Lucia

            Seu poema me representa poetisa, pois que nele me vi, quando cansada de pautar pelo bom senso em tudo, sinto imensa vontade de voar . Mil parabéns. Abraços

          • Samuel SanCastro

            De tirar o fôlego!
            Não conheço toda tua obra, mas foi o melhor poema que já li do que você tem aqui publicado.

            Forte, marcante, com uma métrica instigante. Um verdadeiro thriler psicológico.
            Perfeito



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