Eu vi
Eu vi
Movimentos
Barulhos rasgados
Em céu aberto
No lixão
Eu vi
Veroz, devorava
Restos de alimentos
Dos aterros
Eu vi
Semblante brilhante
Do sol escaldante
No olhar,satisfação
Ao abocanhar o pão
Eu vi
Com grande consternação
Quem comia alimentos
Estragados no chão
Não era bicho não
Era um homem
Eu vi
- Autor: Sidneia Oliveira ( Offline)
- Publicado: 14 de junho de 2020 09:26
- Comentário do autor sobre o poema: Nesse texto, abordo a questão da fome, problema grave que o Brasil não conseguiu erradicar.Um país com tantas riquezas, mas com uma legião de faminto.
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 29
Comentários7
Desigualdade social cada vez mais acentuada no nosso país. A falta de sensibilidade das pessoas naturaliza a fome. Muito bom e necessário o seu poema.
Infelizmente Lú, mas não vamos perder a esperança de dias melhores.
Abraços
Triste, mas cada vez mais comum. Bom saber que nem todos fecharam os olhos para tal realidade. Obrigada por compartilhar.
Obrigada pela leitura do texto.
Só não vê quem fecha os olhos!
a realidade não só atual,e que vem de outrora.
Parabéns pelos versos fortes e verdadeiros .
É necessário!
Abraços
Obrigada pelo comentário Corassis.
Abraços
Sidnéia; Muito bom , bem escrito, infelizmente, ainda muito aual. lembrou-me 'O beco", de Manuel Bandeira
Obrigada pela leitura do texto Cecília.
Abraços
Pertinente todas as suas colocações, como sempre, abraços
Obrigada Eduardo.
Abraços
Estas misérias sociais e as miseráveis máscaras da humanidade caindo com a pandemia avassaldora deixram às mostra que é realmente o povo que habita este mísero planeta. Quem sabe eala, a peste, não veio para mostrar isto como está mostrando?
1 ab
Realmente, essa pandemia deu mais visibilidade as mazelas do nosso povo.
Obrigada.
Abraços
Sidneia, o mundo está desnutrido de virtudes, está faminto de mais humanidade. Necessita de mais compreensão, mais compaixão. Menos lucros para poucos, mais pão para todos. Também menos armas e mais pão!
Abraço!
Obrigada Hébron, pelas colocações, muito bem vindas.
Abraços
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.