Elizabeth Bernardes

Pai e Avô

Me lembro poucas coisas,

Poucos abraços,

Poucos carinhos,

Sempre sério,

Sombrio.

Trabalhava todos os dias,

Sem tempo

Para nós, para

Um afago,

Um carinho

Ou só uma palavra de

Afeto,

Eram apenas ordens,

Faça isso, não faça aquilo,

Fique quieto,

Eu mando,

Muitas coisas,

Muitas emoções que

não foram ditas,

Então como a lagarta,

Que se transforma em borboleta,

Ele virou avô,

E aí tudo mudou,

Carinhos e caretas

Aos seus netos ele se

Rendeu,

Brincadeiras e travessuras,

Mau humor e ordens?

Tudo se perdeu,

Na mais doce 

Áurea de um

Vovô!

  • Autor: Elizabeth Bernardes (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Junho de 2020 07:28
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema fiz inspirada em meu pai, que é um avô maravilhoso, são 90 anos e e um exemplo de bom humor, energia e otimismo.
  • Categoria: Família
  • Visualizações: 49

Comentários5

  • Hébron

    Poema com afeto...
    Um pai carrega a grave responsabilidade de conduzir, manter e educar, ao passo que o avô, calejado de estrada, além da melhor visão da vida agora apenas curte os frutos... O jardineiro que planta é o pai, o jardineiro que aprecia as flores, o avô...
    Abraço!

    • Elizabeth Bernardes

      sim Hebron, acho que nesta fase de avos temos a oportunidade de sermos talvez o pai que gostariamos, mais carinhos e menos ordens, obrigada pelo comentário, abraço!

    • Nelson de Medeiros

      Poxa vida, quanta ternura neste poema.

      1 ab

    • Sidneia Oliveira

      Os avós merecem mesmo muito carinho.

      Suave seu poema.

      Parabéns!

      • Elizabeth Bernardes

        sim verdade, obrigada pelo comentário! abraços,

      • Cecilia

        Elizabeth, parabéns pelo poema bonto e bem escrito, valorizado pelo carinho que revela

      • CORASSIS

        Parabéns pela linda Homenagem
        Família e o sustentáculo de uma sociedade
        Abraços

        • Elizabeth Bernardes

          sim a familia e meu alicerce! obrigada poeta! abraço!



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