O PERFUME
Ela evolava rara e doce essência ...
De pronto prendeu-me sua fragrância!
Então, numa invencível e estranha ânsia,
ao seu corpo me rendi, sem prudência!
Seu aroma era a marca da constância,
e, sempre que a via, em nossa vivência,
ela enchia de meiga experiência
mi! alma, mal saída da infância!
O passado, porém, no tempo, é bruma
que em sua viagem sem volta, esfuma
nossos momentos mais inebriantes!
Mas, hoje eu pude ver o ontem no ar
ao sentir que a jovem, na orla do mar,
tinha o perfume daqueles instantes!
Nelson de Medeiros
26/12/2021
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 27 de dezembro de 2021 08:42
- Comentário do autor sobre o poema: Um perfume, não raras vezes, assim como uma canção, marca indelevelmente um instante qualquer da vida de cada ser. Ao sentir a fragrância que estava adormecida nas dobras do tempo, revive aqueles momentos e o passado parece tornar-se presente. Foi o caso.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 50
Comentários5
Ma ra vi lho so!
Um perfume, uma música, faz a gente viajar no tempo.
grande abraço
Mais imbatível,Nelson,quase inesquecível é tua verve poética, teu talento nos alcança e balança alicerces emocionais. Aplausos de pé!
Lindo poema, parabéns! Abraços,
Poema maravilhoso.
Não esqueço o perfume da minha mãe.
Um perfume, uma música, um sorriso, deixam marcas indeléveis na alma.
Boa noite, caro poeta Nelson Medeiros.
Lembro do filme perfume de mulher, clássico! Parabéns pelo poema. Os aromas nós remete a lembranças que ficam guardadas no subconsciente. Desejo um ano de 2022 de muitas alegrias, fé e inspirações!
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