Lágrimas do tempo

Ema Machado


Aviso de ausência de Ema Machado
NO


 

 

Não há mais sorrisos

Na boca do sol ardente

Segue sua labuta

A queimar inclemente

Em manhãs agora cálidas

Paira mormaço, o inferno latente

Almas incautas, seguem urgentes

Cedem vencidos, à rotina massante

A vida, torna-se avultante

Há uma horda no tempo

Chora, ouve o clamor da terra

Lágrimas de sangue, de sal, de lama

Não há estanque

Estrelas fogem, o luar se esconde

Esnoba-se semi-aparente

Tempos coléricos

Engolem o dia, o homem

Em sua labuta incessante

Até o momento em que pare, sem lar

A clamar o passado indefectível

Quem o ouvirá?

Ema Machado.

 

  • Autor: Ema Machado (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de novembro de 2021 20:52
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 29
Comentários +

Comentários3

  • Nelson de Medeiros

    Boa noite poeta.
    Um primor!

    1 ab

    • Ema Machado

      Gratidão, amigo Nelson! Grande abraço,

    • Anny

      Que lindos versos! A rotina e as adversidades da vida levam uma grande parte da nossa energia. Tantos acontecimentos a tirar de nós o equilíbrio. É um tempo de acalentar a fé em Deus e em novos tempos. Um lindo dia para você!

      • Ema Machado

        Obrigada por seu maravilhoso comentário e apreciação. Grande abraço,

      • Shmuel

        ..."A clamar o passado indefectível"...

        Que coisa mais linda....a dama da poesia, se supera em cada publicação.
        Beijos minha linda amiga e poeta coiibri.



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.