Maximiliano Skol

CONSOLE-SE

Murchou a rosa bem no meu jardim,

Cultivei-a aqui com tanto esmero,

Que pena! Cada vida tem um fim

Depois de um esplendor quase exagero.

 

Mistério há na vida: algo que enfim

Não será decifrado, assim espero...

Não reclamo da morte, pois pra mim

Minha ausência esquecida recupero.

 

Há uma consciência universal 

Que por certo dirige a todos nós 

Do infinito  ao ínfimo degrau.

 

Se por acaso alguém levanta a voz 

A maldizer a morte e abjeta ache-a:

Console-se... Também morre a galáxia.

 

 

 

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de Novembro de 2021 15:11
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 56
  • Usuário favorito deste poema: Dr. Francisco Mello.

Comentários6

  • Nelson de Medeiros

    Boa tarde poeta

    "Há uma consciência universal

    Que por certo dirige a todos nós

    Do infinito ao ínfimo degrau."

    Uaul! Como posso elogiar um soneto desta magnitude, do tamanho do univero.

    1 ab

    • Maximiliano Skol

      Muito lhe agradeço pelo seu precioso comentário, prezado Nelson.
      Um forte abraço.

    • Elfrans Silva

      Estamos mesmos rodeados de mistérios, irmão poeta Max. Pra piorar não nos conhecemos a nós mesmos rsrs. Também penso assim, por que temer a morte? Mas, mais ainda lamento, igualmente, que cada vida, aqui, tenha um fim. Abraços fraternos amigão. Boa semana

      • Maximiliano Skol

        Sua presença e comentário me alegram muito, meu caro Elfrans.
        Um forte abraço.

      • Claudia Casagrande

        logo pela manhã, apreciar um soneto de tamanha maestria é um sinal de um bom dia.
        muito obrigada!

        • Maximiliano Skol

          Eu que é que tenho um bom dia, com o me deparar com o sua escrita, querida Casagrande.
          Um beijo.

        • Cecilia

          Maximiliano, querido. Gostei do seu soneto, como todos, perfeito na forma. E gosto muito do tema, que se avizinha. Fico feliz em ter vivido muito. Alcancei o tempo em que a ciência tenta provar que a consciência não depende necessáriamente da atividade cerebral. De alguma forma sobreviveremos a nós mesmos? ABRAÇO.

        • Maximiliano Skol

          Minha querida Cecília, a consciência depende das conexões da atividade cerebral, eu acho. Daí no Yoga consciousness é o lema primordial. Vai, abaixo, um título onde você pode adquirir alguma informação desse assunto tão complexo. A sua visita me faz muito feliz. Um beijo.
          ”Cérebro e mente - De onde vem a consciência individual e única?...” - Veja mais em https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/cerebro-e-mente-de-onde-vem-a-consciencia-individual-e-unica.htm?cmpid=copiaecola.
          Dizem que o sentimento de “ser vivente” corresponde a 20- watt de energia, que não se destrói, permaneceremos ativos em outros mundos... Essa energia nunca pode ser destruída. Seremos isso?
          P.S. Duvido de muita assertiva sobre quem somos e para onde vamos. Desculpe- me a descrença,
          Outro beijo.

        • Dr. Francisco Mello

          Mas bah, poeta... que SONETO, tchê. Como sempre, espargindo tua sabedoria manifesta.
          "O viver é Cristo e o morrer é lucro ” (Fp. 1.21). Esta é uma das opções que temos como cristãos, sem prejuízo da explicitação Espírita de que a morte não existe, e sim, vida contínua e aperfeiçoável; o que indubitavelmente me parece muitíssimo interessante.
          Baita abraço. Sou teu fã, compañero. Buenos dias.



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