Maximiliano Skol

CONSOLE-SE

Murchou a rosa bem no meu jardim,

Cultivei-a aqui com tanto esmero,

Que pena! Cada vida tem um fim

Depois de um esplendor quase exagero.

 

Mistério há na vida: algo que enfim

Não será decifrado, assim espero...

Não reclamo da morte, pois pra mim

Minha ausência esquecida recupero.

 

Há uma consciência universal 

Que por certo dirige a todos nós 

Do infinito  ao ínfimo degrau.

 

Se por acaso alguém levanta a voz 

A maldizer a morte e abjeta ache-a:

Console-se... Também morre a galáxia.