Murchou a rosa bem no meu jardim,
Cultivei-a aqui com tanto esmero,
Que pena! Cada vida tem um fim
Depois de um esplendor quase exagero.
Mistério há na vida: algo que enfim
Não será decifrado, assim espero...
Não reclamo da morte, pois pra mim
Minha ausência esquecida recupero.
Há uma consciência universal
Que por certo dirige a todos nós
Do infinito ao ínfimo degrau.
Se por acaso alguém levanta a voz
A maldizer a morte e abjeta ache-a:
Console-se... Também morre a galáxia.