ILUSÃO E FORMOSURA

Nelson de Medeiros

 ILUSÃO E FORMOSURA
 
Não faz muito tempo, musa deste soneto,
Que a tua beleza em rimas eu exaltava;
Todo o meu canto para ti se encaminhava,
Do primeiro quarteto ao último terceto!
 
Eras então para o poeta  um minueto
Em cujas notas  clássicas o amor  bailava;
E deste amor que o trovador te consagrava,
Nasciam  liras  de cantatas em  concerto!
 
Insensata  paixão que a alma  cega e arrebata,
Que  somente enxerga do corpo a arquitetura
E  não vê nem sente d!alma  a vaidade inata!
 
Mas, por que canta o vate esta canção impura,
Se já sabia  que cantava  em serenata,
Uma ilusão que se encarnou  em  formosura!
 

Nelson De Medeiros

  • Autor: Nelson de Medeiros (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de julho de 2021 10:30
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 26
  • Usuários favoritos deste poema: CORASSIS
Comentários +

Comentários4

  • Shmuel

    Oh, grande vate! És quase o "gondoleiro do amor".
    Abraços ao mestre!

    • Nelson de Medeiros

      Boa tarde parceiro.
      Sempre gentil com seu comparecimento e incentivo.
      1 ab

    • Altofe

      Fantástico! Para se ler muitas vezes. Abs.

      • Nelson de Medeiros

        Boa tarde poeta.
        Valeu muito a tua interação e incentivo.
        1 ab

      • CORASSIS

        Belo como sempre!
        parabéns , abraços.

        • Nelson de Medeiros

          Boa tarde poeta.
          Valeu como sempre a tua presença.

          1 ab

        • Ema Machado

          Belo soneto, sempre primorosos versos. Abraços,

          • Nelson de Medeiros

            Boa tarde poeta.

            Muito obrigado mesmo por sempre esperado incentivo.

            1 ab



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