Ando por caminhos vendo, passando por gente
Apressadas vão indo não se sabe para onde
O menino sentado na escada assobia contente
Disfarça a pobreza! Sua tristeza ali se esconde
Perdido pelas esquinas procurando vou, um lugar
Onde a alma possa enxergar sim, a luz do mundo
Não vejo nada, só o céu cinza com flores a murchar
Gente amiga! Que triste é ver esse mar sem fundo
Tocando muros em ruinas palidos sem cor
Seguindo inibido por caminhos de pedras limbosas
Nem mesmo sei o porquê de sentir essa dor
Ainda dizem-nos sermos nós bons e caridosos
O Sol e o orvalho prateiam o verde das folhagens
Mas que não são percebidas com olhos amorosos.
- Autor: Claudio Reis ( Offline)
- Publicado: 16 de maio de 2021 12:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
Comentários7
Belo e vrdadeiros soneto abarcando o maior problema da humanidade. A fome.
1 ab
Podemos perceber o belo!
Pela poesia amenizados somos!
Bem vindo poeta, abraços
Cada pessoa possui um sentimento único...Parabéns poeta. Boa tarde.
Sentimentos poéticos poetisa!
Bom demais te-la nessa seara, amiga.
Abraços
Uma poesia sensível, onde a dor alheia é reconhecida e sentida.
Grande poeta, colibri!
Abraços
Shmul meu querido poeta!
Como podes assim nos engrandecer com sua sensibilidade?
Te queremos bem demais!
Abraços
É sempre bom ter olhos para os acontecimentos ao redor e poetizar os sentimentos é um bom exercício de empatia.
Bom domingo, meu abraço!
Olhemos os muros pálidos que separam os menos favorecidos, com repugnância.
Gratidão amiga poetisa pela análise poética!
Abraço
Amigo Claudio
falta nos caridade e justiça!
Vamos nos calçar de esperança.
Parabéns pelo poema ,abraço.
Querido poeta amigo Corassis.
Sensível como sei ser você, complementa o poema com seu comentário.
Abraços
Há nuances da realidade cruel vivida,mas também a falta de compromisso com o outro,nosso semelhante,você toca em várias feridas sociais, com singeleza e mestria. Chapéu!
Sua sensibilidade poética filosófica, toca o cerne da emoção contida nos versos do poema, dando vestes de rigor sob medida à ele.
Maria Dorta poetisa amiga, abraços
Poema que nos desperta e sobretudo instiga a pensar a realidade, lembrei- de uma passagem.de Fernando Pessoa no poema "Mar Português" onde diz que quem quer passar "além do bojador. Tem que passar além da dor" ou seja romper as barreiras do abissal e assim superar as aflições, seu poema me levou por releituras e sou grato por esta experiência. Um abraço.
Discípulo de Fernando pessoa, me lisongeia com seu profundo e sensível comentário!
Bem vindo poeta Júnior!
Abraços
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