Ando por caminhos vendo, passando por gente
Apressadas vão indo não se sabe para onde
O menino sentado na escada assobia contente
Disfarça a pobreza! Sua tristeza ali se esconde
Perdido pelas esquinas procurando vou, um lugar
Onde a alma possa enxergar sim, a luz do mundo
Não vejo nada, só o céu cinza com flores a murchar
Gente amiga! Que triste é ver esse mar sem fundo
Tocando muros em ruinas palidos sem cor
Seguindo inibido por caminhos de pedras limbosas
Nem mesmo sei o porquê de sentir essa dor
Ainda dizem-nos sermos nós bons e caridosos
O Sol e o orvalho prateiam o verde das folhagens
Mas que não são percebidas com olhos amorosos.