Edla Marinho

Talvezes

TALVEZES

Talvez eu seja o rosto que não esqueces
O silêncio do teu grito
O sangrar da ferida
Talvez eu seja tua saudade...
Quem sabe a ladainha, tua prece...
Palavras contidas, teu sonho recôndito
Tua lágrima retida
Ou mesmo tua falsa verdade...

Talvez eu seja a saciedade ou tua fome
O frescor do outono em tua pele
O perfume das flores na primavera
Ou delas os espinhos...
Quem sabe o desejo que te consome
Que a fugir te impele...
Descobrir, quem me dera
Que posso ainda seguir teu caminho!

Quem me dera apagar  os ‘’quem sabes’’
E todos esses  talvezes!
Desvendar, junto a ti, as incertezas
Ser o bônus, teu presente...
Deixarmos de ser dependentes das lembranças
Vou me encontrar nas águas de teu mar
Inundar teu sonho de esperança! 

Edla Marinho
20/03/2015

  • Autor: Edla Marinho (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de Março de 2021 21:13
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 44

Comentários9

  • Hébron

    Lindo demais, poetisa!
    "Talvezes" traz na escrita a certeza do talento da autora na arte de criar belos textos...
    Parabéns, Edla

    • Edla Marinho

      Grata, Hébron, os comentários generosos como o seu é que me fazem continuar nesse caminho.
      Linda tarde!

    • CORASSIS

      "Deixarmos de ser dependentes das lembranças
      Vou me encontrar nas águas de teu mar
      Inundar teu sonho de esperança! "


      Lindo poema , com final do amor concretizado.
      abraço amiga Edla.

      • Edla Marinho

        O que seria dos poetas se não pudesse contar em versos os sentires de amor, não é?
        O tema me inspira muito.
        Linda tarde, Corassis!

      • Ema Machado

        Lindo demais, amiga! "Chapéu" como diz a Maria,

        • Edla Marinho

          Pois é amiga, o tema me inspira por demais. Amo essas histórias de amores perdidos... Resgatados.. Ou não...
          Grata por comentar, muito honrada!

        • Helio Valim

          Parabéns, Edla. Belo poema. Em uma relação podemos ser e ter muitas personalidades, mas o difícil é apagar todas as incertezas, os "talvezes",. Um abraço.

          • Edla Marinho

            Grata pelo comentário, poeta Hélio Valim.
            Sim, as incertezas e talvezes são difíceis mesmo.
            Meu abraço.

          • Maria dorta

            Diante de tantos revezes e " talvezes" que bom tudo terminar bem,como nos finais de Holywood! Aplausos!

            • Edla Marinho

              Gosto do tema: amores perdidos..
              Platônicos, abandonados, das saudades... Nostalgias e melancolia, principalmente quando a inspiração me deixa por um "gran finale"

              Grata pelo comentário, meu abraço.

            • Shmuel

              Adorei, quanto sentimento em um texto poético. Sou fã destas histórias de amores.

              Grande poeta de escrever nobre!

              • Edla Marinho

                Que bom que não estou sozinha nesse universo dos "contos" de amores
                Gosto demais de né inspirar nos tais platônicos... Impossíveis...
                Grata por comentar.

              • mary costa

                Parabéns, gostei muito. Tenha um bom dia

                • Edla Marinho

                  Grata por ler e comentar!
                  Linda tarde pra ti, meu abraço!

                • Menino e a Lua

                  Que lindo poema, muito rico! parabéns. E eu gosto muito dessa palavra "Talvez", é a esperança dos que amam e ainda não foram correspondidos, mantem o fogo acesso. Bravo!

                  • Edla Marinho

                    Verdade, Menino, talvez é melhor do que o não.
                    Grata pela leitura e comentário
                    Boa Noite, meu abraço!

                  • Maximiliano Skol

                    Esses “talvezes” , querida Edla, é o dilema de todas as buscas.
                    Excelente poema. Muito significativo para os amantes.
                    Parabéns.

                    • Edla Marinho

                      Grata pela leitura e considerações aos meus versos!
                      Boa noite, meu abraço!



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