Ah, lembranças da minha infância
Um relógio de corda na parede Caiada, o fogão de lenha
Toicinho fumegando no arame
Sempre havia galinhas caipiras Apreensivas no terreiro.
Saudosas recordações
De quando pequeno
Éramos todos morenos
De calções encardidos
Cheirando xixi
Os pés sujinhos de barro
Vermelho do olaria.
Cachaças de litros para
Os moços de carcaças
Alquebradas da lida
Nas pipas, a vida era dura,
A infância era pura,
A diversão, um radinho de pilha Tocando Roberto,
E músicas raizes.
Tínhamos poucos,
Em tempos felizes,
Entre borboletas, casas de Joões De-barro, e córguinhos pra
Pescar cará, a inocência fluía
Era ruim de mira pra sorte
Dos passaredos.
A lamparina de querosene,
penando na escuridão
Só acentuava os medos
Do menino assustado que eu era
a vida seguia, e era tudo tão lindo.
Macarrão com molho de
Tomates nos domingos,
Servidos em pratinhos de plásticos,
Comiamos em duplas,
Ah, tempo idos da minha infância Vida simples e sem culpa
- Autor: Shmuel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de janeiro de 2021 13:44
- Comentário do autor sobre o poema: Motivado pelo amigos colibris tentei descrever parte da minha infância querida. Gratidão aos amigos sempre.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 69
Comentários12
Prosa lúdica e encantadora nos fazendo sentir saudades...Uma emoção ao ler e imaginar como era tal lugar...Belo...Envolvente.
Magnânimo Shmuel...Parabéns poeta.
Meu querido poeta Cláudio Reis, seus dizeres acerca dos meus textos, me envaidece. Que honra lê-los.
Abraços!
Tens um eu lírico envolvente, inspiração da infância que nos deixa sonhar. Tempos felizes que nunca se irá esquecer. Aplausos!
Gentil Dorta, são as lembranças fumegando na memória. Como esquecer, tais momentos especiais. Abracos minha Colibri.
Saudade !
seguiu a vida nesta prosa tão linda
Parabéns por recordar
Abraço
Sim, meu mestre, recordar é viver. Não dá esquecer tempos maravilhosos como os vividos no poema.
Salve, simpatia!
Shimul, sua mira é ruim, para sorte do passarinho, mas essa sua história contada nessa prosa de agradável poética é um encanto! A sia descrição nos leva lá nesse tempo...
Abraço
Ótimo! Realmente, a mira era péssima. Ainda bem. Grande poeta de gentil elogio.
Sou seu fã.
Abraços.
Bela inspiração, poeta Shimul, na prosa da infância, a saudosa lembrança, e aquela vontade de voltar a ser criança. Bom dia cheio de inspirações
Obrigado amigo poeta. Um forte abraço.
O encantamento e a saudade em uma só poesia, amei Shmuel... Gratidão pela partilha!
Realmente NeivaDiceu, fiz uma viagem neste período. Pode ter certeza, esta foi uma boa parte da minha infância mesmo.
Abraços!
Recordar é VIVER!
Viva poeta!
Isto mesmo, Lucita! Sempre bom reler os poemas já publicados.
Abraços,
Como assim, eu não havia lido essa maravilha?
Sou grata ao Ernane pela iniciativa deste projeto de "resgatar" os poemas dos amigos colibris.
Shimul, esses versos retratam o que, creio, todos nós passamos: recordar os tempos da infância. Meus parabéns, amigo!
Sim, foi uma grande sacada de rever os poemas já publicados, e coloca- Los para comentários.
Grande, Edla!
Shmuel encantada e faria o mesmo comentario nessa releitura... Obrigada amigo poeta pela paz que transmite em teus versos...
Oh, NeivaDiceu, que prestígio são os seus comentários.
Abraço, amiga e poeta colibri.
Primoroso poema, meu amigo!
Foi uma grande satisfação declamá-lo.
Abraço
Hebron, adorei sua declamacão.
Gratidão sempre!
Tínhamos poucos,
Em tempos felizes,
Entre borboletas, casas de Joões De-barro, e córguinhos pra
Pescar cará, a inocência fluía
Era ruim de mira pra sorte
Dos passaredos.
Vida simples e feliz. Lindo poema!
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