Ah, lembranças da minha infância
Um relógio de corda na parede Caiada, o fogão de lenha
Toicinho fumegando no arame
Sempre havia galinhas caipiras Apreensivas no terreiro.
Saudosas recordações
De quando pequeno
Éramos todos morenos
De calções encardidos
Cheirando xixi
Os pés sujinhos de barro
Vermelho do olaria.
Cachaças de litros para
Os moços de carcaças
Alquebradas da lida
Nas pipas, a vida era dura,
A infância era pura,
A diversão, um radinho de pilha Tocando Roberto,
E músicas raizes.
Tínhamos poucos,
Em tempos felizes,
Entre borboletas, casas de Joões De-barro, e córguinhos pra
Pescar cará, a inocência fluía
Era ruim de mira pra sorte
Dos passaredos.
A lamparina de querosene,
penando na escuridão
Só acentuava os medos
Do menino assustado que eu era
a vida seguia, e era tudo tão lindo.
Macarrão com molho de
Tomates nos domingos,
Servidos em pratinhos de plásticos,
Comiamos em duplas,
Ah, tempo idos da minha infância Vida simples e sem culpa