O jornalista e escritor Murilo Melo Filho faleceu no dia 27 de maio em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ele tinha 91 anos e era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Murilo faleceu no Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, e por conta das recomendações de isolamento, não houve velório. O sepultamento aconteceu no mausoléu da Academia Brasileira de Letras.
Sobre Murilo Melo Filho
Nascido em Natal, Rio Grande do Norte, em 13 de outubro de 1928, Melo possui uma carreia longa no jornalismo.
Ele iniciou a sua carreira com apenas 12 anos como comentarista esportivo do Diário de Natal. Tempos depois, com seus 18 anos, ele se muda para o Rio de Janeiro e lá trabalha no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e também no Ministério da Marinha.
Enquanto esteve no Rio, passou também a trabalhar em vários jornais como O Estado de São Paulo, Correio da Noite, entre outros. Mas onde mais ele trabalhou foi na revista Manchete, com a qual colaborou por 40 anos.
Em 25 de março de 1999 ele foi eleito para a cadeira de número 20 na ABL, em sucessão a Aurélio de Lyra Tavares, tomando posse em 7 de junho e sendo recebido pelo acadêmico Arnaldo Niskier. Ele ainda oficial da reserva militar.
Como jornalista, ele viajou pelos cinco continentes e acompanhou de perto a Guerra do Vietnã, a construção de Brasília e também cobriu a guerra do Camboja (sendo o primeiro jornalista brasileiro a fazer essa cobertura). No Brasil, ele entrevistou várias figuras políticas.
Os textos produzidos pelo escritor e jornalista potiguar estão reunidos em livros como “Cinco Dias de Junho” (publicado em 1967) e “O Desafio Brasileiro” (publicado em 1970), esse último tendo vendido 80 mil exemplares e o qual teve 16 edições, tendo rendido a Murilo o Prêmio Alfred Jurzykowski como melhor ensaio do ano.
Outras obras escritas por ele foram: Políticos ao Entardecer (publicado em 2009) e O Brasileiro Rui Barbosa (publicado em 2009 também). Melo ainda era membro da União Brasileira de Escritores (UBE).
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