João Cabral de Melo é reconhecido como o novo patrono da poesia de Pernambuco. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi quem concedeu o título ao escritor recifense no ano em que o mesmo faria 100 anos.

O escritor, que trouxe ao Brasil uma nova forma de se fazer poesia, recebera esse título por meio do projeto de lei de nº 17.088, o qual foi publicado no Diário Oficial na última sexta-feira, 23 de outubro.

João Cabral de Melo Neto era um assíduo leitor desde criança, lendo tudo o que lhe vinha a mão, seja na casa de sua avó ou no colégio. E a sua família tinha uma forte influência poética: ele era irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e tinha como primos o também poeta e escritor Manuel Bandeira e o sociólogo Gilberto Freyre.

No texto, que fora enviado juntamente com um pedido de aprovação aos parlamentares, é dito que muitos (como o poeta Mia Couto) consideram o poeta recifense como um maior da língua portuguesa.

Além de poeta, João Cabral de Melo Neto foi também um diplomata brasileiro e viajou por muitos países.

Um pouco sobre o poeta João Cabral de Melo Neto

Nascido em Recife, em 9 de janeiro de 1920, o poeta recifense foi ganhador de vários prêmios literários como o Camões, o Prêmio Neustadt (considerado como uma espécie de “Premio Nobel” americano, etc. Havia até mesmo especulações de que ele poderia ser candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.

Ele também foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras no ano de 1968 (ocupante da cadeira 37), sendo empossado no ano seguinte, recebido por Múcio Leão. O poeta falecera em 9 de outubro do ano de 1999, aos 79 anos, no Rio de Janeiro.

Seus poemas eram caracterizados pelo uso de rimas toantes e com uma tendência surrealista. Os poemas dele também possuem influência da cultura popular. Sua obra “Morte e Vida Severina”, publicada em 1955, foi a que o consagrara.