Uma fotobiografia do poeta João Cabral de Melo Neto vem sendo produzida e conta com poeta inédito.
Intitulado de “Fotobiografia de João Cabral de Melo Neto”, o livro que tem lançamento pela Verso Brasil traz consigo mais de 500 imagens do escritor pernambucano. Nesse compilado há documentos diplomásticos, manuscritos e muito mais deixados por ele.
E um desses escritos de Cabral é um poema inacabado “Boi de coice boi de cambão”, que trata de descrever a diferença entre o boi de coice e o boi de cambão.
“Os bois de cambão são os que puxam o carro, os de coice são os que o freiam, quando ele está descendo uma ladeira”, explicou o poeta. Ele havia expressado sua vontade de escrever um poema sobre isso.
O objetivo com esse poema era diferenciar os estilos dos autores. Tanto é que numa entrevista que ele realizou em 1966 ele tratou de fazer essa analogia.
E depois de 25 anos, um esboço do poema inédito e que não havia sido publicado em nenhuma antologia, aparece no livro “Fotobiografia de João Cabral de Melo Neto”.
O rascunho desse poema foram encontrados junto com caixas onde a família guardava fotos. Essa é a primeira fotobiografia feita sobre o autor pernambucano e o mais intrigante é que vem com esse manuscrito inédito dele. É algo que ele não conseguiu levar adiante.
Algo intrigante é que a publicação dessa fotobiografia seria algo contraditório, uma vez que o próprio poeta já havia deixado claro para o seu editor que achava ridículas as fotobiografias de intelectuais. Contudo, a deixa para a publicação dessa é que ela vai além da trajetória dele como poeta, mas mostra também sua vida como pai, amigo, tradutor, diplomata, etc.
Sobre o lançamento da fotobiografia de João Cabral de Melo Neto
O lançamento da fotobiografia de Cabral será nesse quinta-feira, a partir das 19h. O lançamento ocorrerá por meio de um evento virtual que será transmitido no canal do Youtube da livraria Travessa.
No dia do evento estarão presentes o poeta Eucanaã Ferraz, que é o organizador do livro, e a editora Valéria Lamego (Verso Brasil), tendo a mediação de Célia Pedrosa, professora da PUC-Rio e crítica.
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