Indígenas usam a literatura e outras artes para reforçar a identidade cultural

Representantes indígenas usam literatura e outras artes para reforçar a identidade cultural.

Indígenas usam a literatura e outras artes para reforçar a identidade cultural

Os representantes de quatro etnias (Tabajara, Kanindé, Potiguara e Tremembé) fazem uso da literatura e também da fotografia, moda e desenho para professar o orgulho de ser indígena e ajudar a combater quaisquer tipos de preconceitos.

A fotógrafa Byya Kanindé, o designer Rodrigo Tremembé, a cordelista Auritha Tabajara e o desenhista Junior Potiguara reafirma suas heranças literárias, visuais e artísticas durante todo o ano, mas há uma data especial que é o dia 19 de abril, o dia do índio, mas que eles afirmam ser “dia do indígena” a expressão mais correta.

 

Sobre os representantes indígenas e a arte qual se apegaram

Auritha, 41, moradora do Sítio Boa Esperança em Ipueiras, Ceará, a primeira mulher cordelista indígena do Brasil. Ela escreve desde pequena, tendo sido influenciada pelas histórias que contava sua avó, as quais ela queria muito escrever. E junto a isso veio o interesse pela literatura de cordel.

Por meio da literatura de cordel, Auritha (nome que significa “pedra de luz”) busca gerar luz na sociedade em como as pessoas veem o povo indígena hoje.

Enquanto isso, Byya Kanindé, 18, encontra na fotografia a sua forma de expressão. Moradora de Aratuba, no interior do Ceará, ela conta que escolheu a fotografia para mostrar que o povo indígena resiste as diferentes lutas e ao preconceito também. Ela espera que esse trabalho ajuda a diminuir o racismo sofrido por conta dos estereótipos atribuídos.

Junior Potiguara, 23, morador de Monsenhor Tabosa, usa o desenho como forma de expressão ao desenhar novas alternativas ao estereotipo criado para o indígena, ou seja, mudando a visão de um ser sem pluralidade por meio de ferramentas como papel, lápis e cores.

Já Rodrigo Tremembé encontrou no grafismo e na produção de camisas um modo de encontrar sua voz e de mostrar resistência, dar a volta por cima ante os preconceitos sofridos.

O designer conta que ao invés de transformar a discriminação em dor e choro, ele resolveu se mostrar ao mundo e passou a produzir vestimentas com grafismo da sua etnia, do seu povo, como um meio de mostrar que os indígenas estão inseridos no mundo moderno.



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