O artista plástico mineiro, Fernando Pacheco, publicou no ano passado um livro com 33 poemas. Mas quem pensa que isso aconteceu do dia para a noite, engana-se.
Pacheco conta que um dos hábitos que possui, que é o de nomear suas obras, por vezes surgem de inspirações poéticas. Quem conhece o trabalho do artista já deve conhecer nomes como “Ovo de Pedra”, “A Palavra atrás da Língua”, “Pedras e corações”, “Veludo de Urso”, “Movimento Inerte”, “O lado escuro do Sol”, entre outros.
E, assim, a poesia foi pouco a pouco se instalando na vida do artista mineiro nascido no município de São João del-Rei.
Mas antes do lançamento do seu livro de poesia, Pacheco já havia participado de um livro juntamente com o poeta Lucas Guimaraens. Mas nesse livro o artista contribuiu com suas obras de arte, enquanto Guimarães foi quem se responsabilizou pelo poemas.
Fernando Pacheco: um pouco sobre sua nova história com a poesia
Pacheco conta que a poesia sempre esteve presente, sempre esteve próxima de suas obras e de sua vida.
E no final do ano passado ele deu um passo a diante e lançou “Poemas de Atelier”, um livro que reúne poemas escritos de 2005 a 2020. O livro possui um total de 79 páginas e, de acordo com Pacheco, possui alguns poemas mais antigos ainda.
Segundo o artista, para a escolha dos poemas ele fez uso de elementos relacionados a espaço, tempo e emoção. A exemplo disso ele cita “Quarto de Brinquedo” que é um poema bastante antigo. E existem poemas que ele escreveu que fazem referência a coisas da vida (ou morte) e aqueles relacionados diretamente ao que fazia em seu ateliê. Mas há muito mais profundidade em seus versos, que criam um elo entre vida e arte, segundo ressalta ele próprio.
Pacheco conta também que a poesia vem por meio da intuição, não sendo ele um leitor voraz de livros do gênero, assim como também não o é de livros de pintura. Mas o convívio com amigos poetas como Tonico Mercador, Lucas Guimaraens, Murilo Antunes e Márcio Borges, por exemplo, trata de complementar essa parte.
E ele conta que se emocionou quando sua pintura fora comparada à poesia de João Cabral de Melo Neto, por Bartolomeu Campos de Queirós. O artista plástico mineiro ainda completa que “Poema Sujo” de Ferreira Gullar é um poema que permaneceu em sua cabeceira.
Comentários1
Paz e Bem ! Parabéns Poeta !
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