Nada contra as vacas
Ditos populares à parte
Trago um hoje na lata
Atire-se à boa sorte
Desvendo esse mistério
Sem medo, despautério
Não provendo adultério
De unir a alma ao torpe
Refletindo o que se esculpe
Segurando o vislumbre
Sim. Joguemos fora
Toda "pobreza" agora
Assim haverá espaço
Pra erva boa d'aurora
Chegar no regaço
Em belo compasso
Com o fluir das horas
Nova era de fartura
À essa altura
Certo que perdura
Após a escassez
Aprendo que se fez
Bem o mal que prevê
Aprendendo outra vez
E ao expulsar
A vaca velha , um altar
De pouca investidura
Atraso a conjectura
De uma visão nova pautar
Sem vaca velha
Ficamos de sobre aviso
Pintando um improviso
Algo bom se emparelha
E logo vem apresentar
Bons ventos em seu lugar
Será momento de ousar
E nova vida implantar!
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Autor:
LUCITA (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 1 de dezembro de 2020 00:49
- Comentário do autor sobre o poema: Jogar a vaca velha no precipício impõe a ordem de buscar mais que um pouco de leite fraco pra alimentar muita gente inerte, que só se mexe por necessidade!
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 42
Offline)
Comentários7
Gostei da mensagem poética, mas o que seria da poesia sem sonoridade? As rimas bem colocadas promovem no vosso poema uma melodia deliciosa. Parabéns querida Poetisa!
Agradeco!
Como metáfora e artifício poético,você coloca em bons versos, o reverso do que diz o ditado popular. Ou temos entendimentos diferentes,de uma região para outra? Vaca velha seria como panela velha,a que faz comigo Boa? Ou meu entendimento foi curto? Bem,fica o discurso e seu bom rimar.
Uma família numerosa no interior, era dependente de uma vaca velhinha e decadente para sobreviver.
Um sábio ao passar, conhecendo a estória, indo embora ordenou ao seu servo que empurrasse a vaca precipício abaixo.
Quando ali voltou, comprovou-se que a perda do animal, promoveu um abrir dos olhos, e todos partiram em busca de progresso de vida.
Essa é a moral dessa história, amiga.
Tem gente que não cresce, enquanto não é liberta da "vaquinha velha."
Entendeu, amiga?
Vacas e panelas à parte, o progresso precisa vir, às vezes puxado pela necessidade!
Que massa.
Bacana, Lucita, bom ler seus poemas, cada dia uma novidade... Obrigada pela partilha!
Sábias palavras em versos. Enquanto houver cavalo dado, ninguém anda a pé, não é? Perfeito!
Estamos todos sendo agraciados por inspiração reflexiva, amigos queridos!
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