Ainnda no ouvido ecoa,tua frase," eu me basto".
Ouvir isso de teus lábios,magoa . Fere muito.
Mas logo me refaço. Eu também , digo e repito pra mim,
como a querer me convencer,sim.
Para ser feliz,não preciso de ti.
Nem preciso de ninguém para ser feliz!
É um estado interior,suave como cetim
Foi por mim outorgado,depende de mim.
Mas,não vou negar,tu intensificas esse estado de espírito,
tu o plenificas. E sinto- me Até menos onipotente.
Afinal,sou consciente: liberdade nunca rimou com amarras usar.
Ser livre é minha marca singular.
Longe de mim querer te domesticar.
Fico a indagar: por que dois seres têm que formar um par?
E por que um par não pôde ser ímpar?
Bom seria que um par chegasse a uma unidade: a unidade dos contrários.
Dois seres conscientes,solidários, dependente- independentes, sem perder a ternura nem a desenvoltura.
Os dois aprendendo juntos e separados a trilhar novas sendas,novos estágios. Numa fusão tao singular,cada um fala ao outro sem nada dizer. É mágico olhar e nada dizer e o outro tudo entender,sem falar.Que Química singular!
E,finalmente, poderem dizer " eu me basto ...em voce!"
- Maria Dorta 25.11.2020
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de novembro de 2020 23:46
- Comentário do autor sobre o poema: Exercício de pensar, filosofar.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários10
....olhar e nada dizer e o outro tudo entender...Que química singular!
Que beleza, Maria dorta.
Grata Skol, se você gostou,colocou selo de qualidade. Estou sensibilizada..
Que maravilha de poema. Uma reflexão romântica e profunda. Um lindo dia.
Grata amigo poeta. Ganhei meu dia!
Lindo poema! Liberdade em amar "eu me basto... em você". Feliz dia, poetiza.
Generoso elogio. Sou grata!
Chique viu, poetisa?
Gostei muito!
Grata amiga poeta!
Poetisa, minha vez de apreciar teu poema, parabéns!
Me lembrou do livro "O Banquete" , acho que no discurso de Erixímaco se não me engano, ele refere-se a almas gemeas sendo um ser único, tão completo que os deuses separaram por inveja. E por isso vagamos procurando nossa outra metade, não para ser o par, mais sim a singularidade completa e perfeita.(Alguem me corrija se estiver errado. rs)
É verdade a lenda se refere a esse par tá o completo e exemplar,dois em um, que de tá o perfeito,causou a inveja dos deuses. É os separaram. Ainda hoje estão procurando seu par,seu outro "eu" encontrar!
Muito lindo, Maria.! Parabéns! abraço.
Grata pelo generoso cumprimento!
Que delícia de poema, viajei profundo,
um poema completo, recortei esse final lacrou:
"E,finalmente, poderem dizer " eu me basto ...em voce!". Parabéns poetisa Maria Dorta pelo belo. forte abraço
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.