Ainnda no ouvido ecoa,tua frase,\" eu me basto\".
Ouvir isso de teus lábios,magoa . Fere muito.
Mas logo me refaço. Eu também , digo e repito pra mim,
como a querer me convencer,sim.
Para ser feliz,não preciso de ti.
Nem preciso de ninguém para ser feliz!
É um estado interior,suave como cetim
Foi por mim outorgado,depende de mim.
Mas,não vou negar,tu intensificas esse estado de espírito,
tu o plenificas. E sinto- me Até menos onipotente.
Afinal,sou consciente: liberdade nunca rimou com amarras usar.
Ser livre é minha marca singular.
Longe de mim querer te domesticar.
Fico a indagar: por que dois seres têm que formar um par?
E por que um par não pôde ser ímpar?
Bom seria que um par chegasse a uma unidade: a unidade dos contrários.
Dois seres conscientes,solidários, dependente- independentes, sem perder a ternura nem a desenvoltura.
Os dois aprendendo juntos e separados a trilhar novas sendas,novos estágios. Numa fusão tao singular,cada um fala ao outro sem nada dizer. É mágico olhar e nada dizer e o outro tudo entender,sem falar.Que Química singular!
E,finalmente, poderem dizer \" eu me basto ...em voce!\"