A pequena porta desbotada,
na fachada do sobrado decadente,
em uma cidade extenuada
esconde tesouro eminente.
Suas prateleiras empoeiradas
guardam inestimável memória,
em livros e brochuras emboloradas,
ornados com intensa glória.
Como pérolas perseguidas,
não há um bom livro que me escape
ou um grande autor que eu resista.
Sendo frequentador costumaz,
no sebo de livros me satisfaço.
No sebo de usados me sinto em paz.
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Autor:
Helio Valim (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 23 de novembro de 2020 16:59
- Comentário do autor sobre o poema: Meu sebo predileto - Meu esconderijo, entre livros, com o qual mantenho uma relação de afeto, é o sebo Beta de Aquarius (foto) situado à rua Buarque de Macedo, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, que é um oásis de paz, no tumulto da cidade. Fundado em 1999, é especializado em literatura, mas contempla todas as áreas de conhecimento e de todas as épocas, com um acervo estimado de 10 mil obras, entre livros usados e saldos de livros novos. Com achados entre os temas, história da arte, arquitetura, cinema, culinária, dicionários, além de gibis novos e antigos. Fonte: Site Bafafá. Por que tem esse nome sebo? Uma das versões mais populares, afirma que antes da disponibilidade da eletricidade as pessoas liam à luz de velas. Estas eram feitas de gordura que escorria sobre os livros deixando-os sebentos, gordurosos. Fonte: Eliana Magalhães. Portal EBC (Empresa Brasileira de Comunicação).
- Categoria: Não classificado
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Offline)
Comentários7
Bela relação de afeto entre o Leitor e o Ambiente em que se sente acolhido. Sentia essa sensação quando criança na biblioteca de minha escola. Onde por vezes fui trancado por esquecerem que eu estava lá.
Bruno obrigado pelo comentário e pelo belo depoimento. Um abraço.
Uma biblioteca....era um sonho da infancia. Vivia lendo na pequena livraria da pequena cidade onde vivia. Sempre onde ia, atrás dos livros corria! Hoje,tenho minha biblioteca e nas livrarias dos shopings encontro minha alegria! Valeu!
Valeu Maria Dorta. Obrigado pelo comentário em rimas. Também tenho uma biblioteca, mas adoro ir aos sebos aqui no Rio. Pois sempre encontro livros usados, comentados, autografados...O que enriquece as suas histórias. Um abraço.
Adorei seu poema! Sempre senti essa paz entre os livros também rsrs
Olá Ana. Obrigado por comentar que gostou do poema e por expressar sua paz entre os livros. Um abraço.
Helio, belo soneto de afeto ao lugar e aos valorosos livros... Vê-se que encontra aí um prazer de livramento...
Abraço, amigo poeta
Oi Hébron. fico feliz por você ter gostado. Soneto é a sua "praia". Gostei da brincadeira. Pois só o livro nos garante o verdadeiro livramento...Um abraço meu amigo.
Muito lindo o texto poeta.
Aqui em SP, temos o sebo do Messias.
Abraços,
Obrigado pelo comentário gentil. As gerações mais novas não conhecem o prazer de "garimpar" nesses oásis, escondidos nas ruas das cidades. Um abraço.
Lindo soneto. Belo sentimento de quem ama perder-se entre os livros de um sebo!! Abraços.
Priscila obrigado pelo comentário gentil. Um abraço.
O esconderijo dos amores, cada espaço e seus autores, encapadas de tantos valores o infinito amores! parabéns poeta Helio Valim, um belo esconderijo. Bom dia!
Obrigado Ernane. Belo comentário poético. Um abraço.
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