A pequena porta desbotada,
na fachada do sobrado decadente,
em uma cidade extenuada
esconde tesouro eminente.
Suas prateleiras empoeiradas
guardam inestimável memória,
em livros e brochuras emboloradas,
ornados com intensa glória.
Como pérolas perseguidas,
não há um bom livro que me escape
ou um grande autor que eu resista.
Sendo frequentador costumaz,
no sebo de livros me satisfaço.
No sebo de usados me sinto em paz.