João nasceu verde claro
Todo mundo era azul
João nasceu lá no norte
Todo mundo era do sul.
Enquanto João crescia
Ele sempre escutava
Hoje é tudo diferente
Não é como antigamente
Que se fosse divergente
Quase ninguém respeitava.
João arrumou amigos
Feliz demais ele estava
Mas andava estranhando
Que só brincavam com ele
Quando falava e fazia
O que o José queria
O que o Pedro pensava.
João então entendia
Que ele era minoria
Mais chorava que sorria
Se quisesse ser contente
Teria que ser como toda gente
Pelo menos em um momento
Pra amenizar o sofrimento.
Até que João percebeu
Que o mundo não é azul
Ele é todo colorido
Que não há só norte e sul
É complexo e temido.
Dependendo do conceito
Quase sempre há preconceito
Ou na cor ou no tamanho
No sentimento ou no ganho
Que ele não é o único
Deste imenso rebanho.
Então João se conformou
Assim que ele entendeu
Que mesmo num mundo imperfeito
Num mundo sem tanto respeito
Ele há de ser feliz.
No entanto, compreendeu
Que no tempo atual
Defendem a diversidade
Na TV e no jornal
Porque aqui na cidade
Quem é meio diferente
Da maioria da gente
Tem alguma dificuldade
À felicidade real.
- Autor: Claudia Casagrande ( Offline)
- Publicado: 20 de novembro de 2020 10:45
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 59
- Usuários favoritos deste poema: Shmuel, lucita
Comentários10
Uau! parabéns pelo belo poema poetisa Claudia Casagrande, que bom que João entendeu que o mundo é imperfeito, mas há quem diga que no mundo imperfeito pode ser feliz.
Forte abraço!
Muito obrigada, poeta!!! Em linguagem muito simples tento expressar um pouco do que penso. Um grande abraço e um ótimo domingo.
Muito bonito e bem pensado. Gostei muito, Cláudia! bjs
Que bom!
Muito obrigada dona Cecília
Grande abraço
Maravilhoso! É isso, a realidade em formato de poesia! Parabéns!
Fico muito feliz com sua mensagem.
Agradeço de coração
grande abraço
Masaaaá Poetisa... rsss
Primoroso, é pouco, tchê.
Parabéns. Poética e sociologicamente correto.
Baita abraço, Cláudia. Gostei, barbaridade.
Muito obrigada! Que bom que gostou. Fiquei feliz demais, tchê... rsss
Grande abraço
Alapucha tchê, rsss.
Sou eu quem agradece, Poetisa.
Te convido a fazeres um tour por
meus poemas. Temos muito em comum, Claudia.
Pássaros da mesma plumagem voam juntos.
Um quebra costelas para ti.
Convite aceito.
Fiquei feliz e muito agradecida.
Grande abraço
Já comentaram quase tudo aí .
"Se quisesse ser contente
Teria que ser como toda gente"
Claro está que cada indivíduo é único. Que as digitais são ímpares. É possível viver em paz entre todos . O passo principal é compreender nossa origem na criação. Filhos criados à imagem e semelhança do Único Deus. Pois a mídia, no geral, tem provado sua insuficiência na informação. Pois o assunto é alma, é coração, a sede dos sentimentos, das emoções. E só Deus é amor. Imparcial.
Grato por compartilhar tão sublime obra.
Parabéns. Felicidades. Forte abraço
Fiquei emocionada com sua interpretação tão bem elaborada e comentada.
Foi um presente para mim.
Agradeço de coração.
Felicidades e grande abraço
Belo, profundo.
Mete com sutileza e inteligência o dedo nessa horrenda e pútrida ferida.
Parabéns poetisa.
Muito obrigada pelo valioso comentário.
grande abraço
Bravo!
Bravíssimo!!
Curti muito ler esse, bem dinâmico e atual 🙂
Então... faz um bom tempo que escrevi, e tudo continua igual.
muito obrigada!
um ótimo domingo
Nossa, Claudia Casagrande, que poema legal. Com elegância toca em um tema sensível. Adorei, gostei do ritmo das rimas. É uma poeta de mão cheia!
Muito obrigada, meu amigo!
Você é generoso e gentil.
grande abraço
Lindo e real! parabéns poetisa!
Querida Lucita, o que você fez com meus versos foi fantástico.
Obrigada, do fundo do coração.
grande abraço
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