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...Quantas vezes você parou, olhou a sua volta e sentiu-se um grão de areia sendo carregado pelo vento? A inutilidade em tentar gerir a própria existência, construir seu próprio destino é o que mais pesa...
Acompanhar a vida com os olhos, enquanto o corpo é levado feito areia pelo vento... Convenções, idealizações sociais... Muitas vezes, fogem à nossa vontade, concepção e idealização pessoal - imposições que em maioria das vezes acompanham a condição social.
A realidade para muitos fere, impõe, conduz... O corpo segue, a alma entristece, se aborrece... Mudar, pode levar muito tempo.
Quantas vezes invade aquela sensação de estar em local errado, vivendo uma vida imprópria...
E o metrô segue... Mesmos trilhos... Mesmo trajeto... Mesmos rostos vincados pelas mesmas marcas... Olhos postos no infinito, feito robôs automáticos, cujo objetivo, é sempre chegar ao destino onde realiza a atividade programada...
Em meio ao destino, um parque... Pensamento viaja...
Um céu azul contrasta com o verde das árvores, flores... E o pensamento flui...
-Pobres, árvores! Assim como tantos... Em meio ao concreto cumprem seu papel, maltratadas, empoeiradas... Paira o sonho do silêncio... Sorrir junto às irmãs nas florestas, tendo nos galhos aves em festa... Adormecer embaladas pelo assoviar do vento...
Desperta o pensamento...
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Autor:
Ema Machado (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 16 de novembro de 2020 21:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 38
Offline)
Comentários7
Ema, Eu me vi em cada palavra, quanta sensibiliadade e assim somos. É aquela velha história , a solidão no meio da multidão... Amei ... Sou as vezes boba, e me sensibilizo, minhas emoções florescem... A realidade para muitos fere, impõe, conduz... "O corpo segue, a alma entristece" precisamos parar e não se deixar robotizar... Gratidão pela partilha!
Obrigada, por suas gentis palavras. Nossos momentos de "balanço" nos remetem a sentimentos nostálgicos...Feliz, por conseguir interagir consigo. Gratidão...
Parabéns poetisa Ema Machado, seu poema desperta sentimentos. "...Um céu azul contrasta com o verde das árvores, flores...
Um forte abraço!
Gratidão, Ernane! Bom demais esse retorno... Grande abraço,
Lindo poema! Quando ando de metrô também sinto está sensação estranha que as pessoas estão robotizadas, apenas concentradas em seus compromissos.
Abraços?
Eu também me sinto assim, às vezes, sozinha em meio à multidão, tentando me encontrar...
Lindos versos, amei.
Meu abraço!!
Gratidão, querida amiga! Vou seguindo a corrente, tentando entendê-la... Abraços,
Ema, relendo e degustando cada palavra... O sentir é o mesmo... Assim mesmo! Abraços poéticos!
Obrigada, querida! Abraços,
Lindíssimo, Ema!
Abraço
Um vale apenas ver de novo, belo poetisa Ema Machado, gratidão pela partilha e por poder declamar na voz da Lori Alves. Abraços poéticos.
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