...Quantas vezes você parou, olhou a sua volta e sentiu-se um grão de areia sendo carregado pelo vento? A inutilidade em tentar gerir a própria existência, construir seu próprio destino é o que mais pesa...
Acompanhar a vida com os olhos, enquanto o corpo é levado feito areia pelo vento... Convenções, idealizações sociais... Muitas vezes, fogem à nossa vontade, concepção e idealização pessoal - imposições que em maioria das vezes acompanham a condição social.
A realidade para muitos fere, impõe, conduz... O corpo segue, a alma entristece, se aborrece... Mudar, pode levar muito tempo.
Quantas vezes invade aquela sensação de estar em local errado, vivendo uma vida imprópria...
E o metrô segue... Mesmos trilhos... Mesmo trajeto... Mesmos rostos vincados pelas mesmas marcas... Olhos postos no infinito, feito robôs automáticos, cujo objetivo, é sempre chegar ao destino onde realiza a atividade programada...
Em meio ao destino, um parque... Pensamento viaja...
Um céu azul contrasta com o verde das árvores, flores... E o pensamento flui...
-Pobres, árvores! Assim como tantos... Em meio ao concreto cumprem seu papel, maltratadas, empoeiradas... Paira o sonho do silêncio... Sorrir junto às irmãs nas florestas, tendo nos galhos aves em festa... Adormecer embaladas pelo assoviar do vento...
Desperta o pensamento...