A CARMEN LUCIA.
Não sei por que quando à tardinha caminhando,
Em passo lento sobre aquela velha ponte,
Escuto as águas que se vão cantarolando
Uma cantiga que enruga a minha fronte!
Talvez eu sinta neste canto desaguando
As ilusões por mim vividas num instante
De um tempo atrás que irreversível foi passando,
Deixando as marcas d!um avatar vivo e marcante!
E das lembranças que me afloram palmo a palmo,
Tiro estas liras que declamo como um salmo
A reviver minha passada mocidade!
E sem saber como voltar no meu caminho,
Olhando o rio e relembrando o antigo ninho,
Minh!alma chora neste canto de saudade!
Nelson De Medeiros
- Autor: Nelson de Medeiros ( Offline)
- Publicado: 8 de novembro de 2020 10:08
- Categoria: Amor
- Visualizações: 42
Comentários6
Que beleza de poema, Nelson Medeiros!
No reverte à lembrança de amores passados. Parabéns!
Bom dia.
Parabéns Nelson! Belo poema. Apresenta, com intensidade, a dor de uma grande saudade. Um abraço.
Que belos, e sentidos versos... Abraços,
Belo soneto!
Amor também é saudade
Estávamos com saudade do nobre .
Abraços
Ei-lo que volta,o poeta Nelson,de alto quilate,a abrilhantar este recanto com seu canto romântico,para glorificar seu amor d antanho. Tal como Dirceu cantou Marília, Romeu morrendo por Julieta, tal como Dante enalteceu Berenice. Eis que Nelson nos presenteia com marcantes versos à guisa de Salmo,para glorificar Carmem Lúcia. Feito singular,meu aplauso a essa diva que mata a saudade deste poema!
Caríssimo Nelson, o poema dos mais requintados sonetos!
Saudades das suas inspiradas e ricas composições...
Mais um lindo poema, com suas credenciais de grande poeta.
Abraço, meu amigo
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