Não lembro lembrando
Não sinto, sentindo
Não quero, querendo
Não amo, amando
É infernal. Vivo me contradizendo!
Não me entrego e sou tua
mesmo não querendo.
Espanto tua lembrança
trazendo-te à recordação
E lá ,vais permanecendo
Parece praga,doenca incuravel,
insondável, não dignosticavel.
E la' pareces insensível
Engano meu! És só inalcançável
No fazer e no dizer impossível.
Mesmo assim,tão desejável!
E ,malgrado meu nao- querer.
Continuas tão perto de meu viver.
Um Mundo de distância nos separa.
Mas,para te esquecer tenho que nao-ser.
Quebro a alma em pedaços,me liquefaco.
Nem mesmo assim consigo te esquecer
pois,em cada caquinho , lá está você!
Maria Dorta. Escrito em set.1979
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 23 de setembro de 2020 20:56
- Comentário do autor sobre o poema: Recuperando tempos passados.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 27
Comentários10
Ah, as vontades que queremos não querer. . . Muito bom!!!!
Grata querida, você sempre GEntil.
São contradições inevitáveis, muitas vezes. Ama - se sem querer... Não se escolhe a quem amar...
Bonitos versos!
Grata pela tu acurada apreciscao.
Lembranças de outrora, mas atual, muito bom... Gratidão pela partilha Poeta ...
É como se fosse uma força, ora contraria, hora a favor. Nem sempre nos favorecendo.
Você escreveu esse poema em 1979. Que demais.
Parabéns, Maria Dorta
Verdade,1979,século passado. E eu ainda tão atual! Grata pela leitura e feedback.
Relendo, sua linda obra Maria Dorta , a cada leitura surge até mesmo momentos para quem ler lembranças vivenciadas...
Nunca fazemos apenas o que queremos, e, em matéria de sentimentos, menos ainda! Bela!
Cara Maria Dorta, um poema muito bonito! Tem sentimentos e sensações que realmente fogem do nosso domínio...
Abraço
Muito lindo este poema, colibri Dorta! Você é fera na arte de falar de amor. Fala com poesia e com vontade.
Comentário da Edla sobre a declamacão:
..."Amiga Maria Vitória Dorta, eis sua " Contradição", messa leitura que tive o prazer de fazer. Não sou declamadora, mas fiz de coração"...
???
Abraços, colibri Dorta!
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